Ventos de até 198 km/h provocaram o cancelamento de 608 volos. No domingo também foram suspensos os trabalhos de resgate no Monte Ontake (centro do Japão), uma semana depois da súbita erupção vulcânica que deixou pelo menos 51 mortos.
O tufão também afetou no domingo o Grande Prêmio do Japão de Fórmula 1 em Suzuka.
Antes do ciclone tropical atingir a região central do Japão, boa parte do país registrou tempestades durante o fim de semana, o que provocou temores de uma nova catástrofe.
A Agência Meteorológica emitiu alertas especiais ante o risco de deslizamentos de terra, inundações e ondas gigantes, principalmente no centro e oeste do Japão.
O tráfego rodoviário e ferroviário foi prejudicado e várias escolas permaneceram fechadas.
As autoridades recomendaram que centenas de milhares de pessoas abandonassem suas casas, mas poucas atenderam o conselho.
Em Shizuoka, o tufão afetou 1,7 milhão de pessoas e mais de 50.000 receberam ordem para abandonar suas residências.
A produção automotiva também foi prejudicada. As montadoras Toyota e Nissam interromperam as operações durante a manhã.
Três militares americanos foram arrastados na tarde de domingo na ilha de Okinawa (sul).
'Estavam tirando fotos das ondas gigantescas', disse um porta-voz da polícia.
O corpo de um deles foi recuperado, mas os outros dois continuam desaparecidos. O policial não soube informar se os militares estavam em missão na ilha, onde vivem muitos dos 47.000 soldados americanos mobilizados no Japão.
Um surfista de 21 anos desapareceu na região de Fujisawa, ao sudoeste de Tóquio.
Pelo menos 20 pessoas ficaram feridas em todo o país, segundo o canal público NHK.
O tufão deve seguir para Fukushima (nordeste), onde a operadora da central nuclear que sofreu um grave acidente no tsunami de 2011 estava em alerta máximo.
A Tokyo Electric Power (Tepco) suspendeu todas as operações e realizava testes na central, que conserva água contaminada.
Nos últimos três meses mais de 150 japoneses morreram em desastres naturais: ciclones tropicais no sudoeste (Halong e Neoguri), trágicos deslizamentos de terra em Hiroshima em agosto (72 mortos) e a erupção do Monte Ontake (51 mortos).