A Indonésia intensificou nesta quarta-feira, uma semana depois do terremoto de 7,6 graus na escala Richter que atingiu a ilha de Sumatra, o combate à propagação de epidemias entre os sobreviventes em vilas das quais restaram apenas escombros. Nesta segunda-feira, 5, o governo anunciou que encerrava a busca por sobreviventes do tremor.
O número de mortos ainda é incerto. O governo afirmou durante a semana que o número de mortos chegava a 806, mas, conforme a agência de notícias Associated Press, revisou neste domingo para 603 mortos e 960 desaparecidos, com chegada de equipes de resgate a áreas mais remotas.
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), ao menos 1.100 pessoas morreram em consequência do terremoto. Já a Cruz Vermelha estimou nesta terça-feira que ao menos 3.000 pessoas morreram e outras 450 mil perderam suas casas.
Mais de 500 voluntários e equipes de especialistas do Ministério da Saúde fumegam com inseticidas e desinfetantes os 320 pontos onde se acredita que há mais mortos, e repetirão esta operação durante as próximas semanas.
"Entre as ruínas dessa casa há pelo menos uma família inteira que eu conhecia. E como essa há centenas mais", afirmou Andre Hei, mostrando as ruínas de um edifício frente a sua casa que não foi desinfetado, em Padang, a capital da Província de Sumatra Ocidental e uma das áreas mais destruídas.
"Estamos nos preparando perante a possibilidade que se propaguem doenças infecciosas", indicou Tjandra Ioga Aditama, o diretor-geral de Controle de Doenças e Saúde Ambiental da Indonésia.
Tanto Aditama quanto o porta-voz da OMS (Organização Mundial da Saúde) na zona, Gde Yogadhita, disseram que a situação sanitária está "sob controle".
O representante da OMS reconheceu que ainda não concluíram sua avaliação da situação sanitária, mas estará completa provavelmente na próxima sexta-feira.
A emergência é tal que se escavaram várias covas comuns em Padang e outras localidades para enterrar com rapidez os cadáveres que ninguém reivindicou.
Para conter a propagação de doenças contagiosas, o Ministério da Saúde desenhou uma campanha preventiva de vacinação que começa a dar seus primeiros passos. Pouco mais de uma centena de pessoas, em sua maioria membros das equipes de resgate e remoção de escombros, foram imunizados com a antitetânica.
Tjandra Ioga Aditama não descartou que nos próximos dias, dependendo da evolução da saúde pública, vacinem à população contra outras doenças, pelo que o Ministério da Saúde está aumentando suas reservas disponíveis.
O representante da OMS, organismo que coordena às 70 ONGs na região, considerou que os principais riscos para a saúde nas áreas afetadas são diarreias, cólera, malária e dengue. Muitas destas doenças se podem propagar facilmente pela escassez de água potável, já que os sistemas de saneamento ficaram seriamente danificados.
Neste sentido, a equipe de ajuda humanitária da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) conta com três plantas potabilizadoras portáteis, e muitas agências e ONG colaboram nesta mesma linha de trabalho.
A rede sanitária de Sumatra Ocidental, que já era normalmente precária, se viu gravemente afetada pelo tremor.
Três dos 17 hospitais da Província desabaram por causa do terremoto e outros muitos sofrem danos estruturais, embora contam com o material básico necessário --instrumental e remédios--, segundo a OMS.
Para atenuar as deficiências, foram instalados 14 hospitais portáteis do governo indonésio, agências internacionais e ONG, que já estão trabalhando a máxima capacidade.
Segundo Gde Yogadhita, as autoridades indonésias podem atender aos sobreviventes em Padang, mas "depende da ajuda internacional" a assistência às vítimas de Pariaman, a zona mais castigada e a menos acessível.
Postado por: Felipe Pinheiro
A Indonésia intensificou nesta quarta-feira, uma semana depois do terremoto de 7,6 graus na escala Richter que atingiu a ilha de Sumatra, o combate à propagação de epidemias entre os sobreviventes em vilas das quais restaram apenas escombros. Nesta segunda-feira, 5, o governo anunciou que encerrava a busca por sobreviventes do tremor.
O número de mortos ainda é incerto. O governo afirmou durante a semana que o número de mortos chegava a 806, mas, conforme a agência de notícias Associated Press, revisou neste domingo para 603 mortos e 960 desaparecidos, com chegada de equipes de resgate a áreas mais remotas.
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), ao menos 1.100 pessoas morreram em consequência do terremoto. Já a Cruz Vermelha estimou nesta terça-feira que ao menos 3.000 pessoas morreram e outras 450 mil perderam suas casas.
Mais de 500 voluntários e equipes de especialistas do Ministério da Saúde fumegam com inseticidas e desinfetantes os 320 pontos onde se acredita que há mais mortos, e repetirão esta operação durante as próximas semanas.
"Entre as ruínas dessa casa há pelo menos uma família inteira que eu conhecia. E como essa há centenas mais", afirmou Andre Hei, mostrando as ruínas de um edifício frente a sua casa que não foi desinfetado, em Padang, a capital da Província de Sumatra Ocidental e uma das áreas mais destruídas.
"Estamos nos preparando perante a possibilidade que se propaguem doenças infecciosas", indicou Tjandra Ioga Aditama, o diretor-geral de Controle de Doenças e Saúde Ambiental da Indonésia.
Tanto Aditama quanto o porta-voz da OMS (Organização Mundial da Saúde) na zona, Gde Yogadhita, disseram que a situação sanitária está "sob controle".
O representante da OMS reconheceu que ainda não concluíram sua avaliação da situação sanitária, mas estará completa provavelmente na próxima sexta-feira.
A emergência é tal que se escavaram várias covas comuns em Padang e outras localidades para enterrar com rapidez os cadáveres que ninguém reivindicou.
Para conter a propagação de doenças contagiosas, o Ministério da Saúde desenhou uma campanha preventiva de vacinação que começa a dar seus primeiros passos. Pouco mais de uma centena de pessoas, em sua maioria membros das equipes de resgate e remoção de escombros, foram imunizados com a antitetânica.
Tjandra Ioga Aditama não descartou que nos próximos dias, dependendo da evolução da saúde pública, vacinem à população contra outras doenças, pelo que o Ministério da Saúde está aumentando suas reservas disponíveis.
O representante da OMS, organismo que coordena às 70 ONGs na região, considerou que os principais riscos para a saúde nas áreas afetadas são diarreias, cólera, malária e dengue. Muitas destas doenças se podem propagar facilmente pela escassez de água potável, já que os sistemas de saneamento ficaram seriamente danificados.
Neste sentido, a equipe de ajuda humanitária da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) conta com três plantas potabilizadoras portáteis, e muitas agências e ONG colaboram nesta mesma linha de trabalho.
A rede sanitária de Sumatra Ocidental, que já era normalmente precária, se viu gravemente afetada pelo tremor.
Três dos 17 hospitais da Província desabaram por causa do terremoto e outros muitos sofrem danos estruturais, embora contam com o material básico necessário --instrumental e remédios--, segundo a OMS.
Para atenuar as deficiências, foram instalados 14 hospitais portáteis do governo indonésio, agências internacionais e ONG, que já estão trabalhando a máxima capacidade.
Segundo Gde Yogadhita, as autoridades indonésias podem atender aos sobreviventes em Padang, mas "depende da ajuda internacional" a assistência às vítimas de Pariaman, a zona mais castigada e a menos acessível.
Postado por: Felipe Pinheiro
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