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Usinas nucleares americanas correm mesmos riscos que as japonesas

Usinas nucleares americanas correm mesmos riscos que as japonesas

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:49

Com as autoridades japonesas trabalhando para evitar um colapso catastrófico na usina nuclear Fukushima Daiichi e em uma outra usina japonesa mostrando sinais de problemas, a segurança das centrais nucleares dos Estados Unidos – e a dúvida sobre a sabedora de qualquer expansão dessa tecnologia – começa a entrar em uma nova rodada de questionamento e debate.   Embora exatamente o que aconteceu nas usinas nucleares do Japão ainda esteja sendo resolvido, a maioria das centrais nucleares nos Estados Unidos compartilha alguns ou todos os fatores de risco que desempenharam um papel importante em Fukushima Daiichi: localização ao longo de litoral propenso a tsunami ou perto de áreas de terremoto, usinas cada vez mais velhas e sistemas elétricos de apoio que dependem de geradores a diesel e baterias que podem falhar em situações extremas.

David Lochbaum, engenheiro nuclear e diretor do Projeto de Segurança Nuclear do Sindicato de Cientistas Preocupados, sugeriu no domingo que embora as táticas de preparação para emergências e segurança estejam incorporadas no DNA de cada usina nuclear dos Estados Unidos, a sequência de eventos que danificou a usina de Fukushima foi além do tipo de situações imaginadas pelos reguladores nucleares e engenheiros responsáveis pela criação da usina.

"A situação na qual eles se encontraram não foi realmente prevista", disse Lochbaum. "Essas usinas são projetadas para serem altamente resistentes a danos causados por terremotos e o mais imunes possível a tsunamis. O problema foi o golpe duplo. Projetamos contra esses tipos de coisas de maneira isolada e essa combinação vai um pouco além do que estaria previsto”.

No domingo, o deputado Edward J. Markey, democrata de Massachusetts, enviou uma carta ao Presidente Barack Obama apelando por uma moratória sobre novas usinas nucleares até que procedimentos mais coerentes para emergências nucleares sejam implementados.

Embora a sequência exata de eventos na usina de Fukushima ainda seja incerta, as avaliações iniciais sugerem que as estruturas de contenção resistiram ao terremoto da semana passada, mas que a energia da rede elétrica foi cortada.

Anthony R. Pietrangelo, vice-presidente sênior e diretor-chefe do Instituto de Energia Nuclear, um grupo comercial que representa a indústria de energia nuclear, disse que a indústria está observando a situação no Japão e irá prontamente revisar seus próprios procedimentos de emergência assim que surjam novas informações.

Mas ele também disse que a combinação de um enorme terremoto e um tsunami de proporções históricas foi um fato isolado e que as chances de isso acontecer nos Estados Unidos são pequenas.

"Não é impossível”, disse ele," mas é extremamente remota”.      

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