A violência continua em diferentes pontos da Síria, segundo os opositores, apesar de expirar nesta terça-feira (10) o prazo dado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para que o regime do presidente Bashar al Assad comece o cumprimento de seu plano de paz.
Os opositores Comitês de Coordenação Local informaram que o Exército do regime atacou na manhã desta terça, com seus helicópteros e artilharia pesada, a cidade de Marea, na província nortista de Aleppo.
Já em Kesua, nos arredores da capital Damasco, as forças do regime lançaram uma campanha de detenções no bairro de Sharaqsa.
O grupo denunciou ainda que as forças armadas estão cercando a localidade de Kafr Zeita, na província central de Hama, onde efetivos da segurança invadiram algumas casas e praticaram detenções indiscriminadas.
No município de Injil, na província de Deraa, acontece um tiroteio intenso em todos os postos de controle.
As informações não puderam ser verificadas de forma independente devido às restrições impostas pelo regime sírio aos jornalistas.
Nos dois últimos dias, os ataques das forças leais ao regime Assad causaram mais de 150 mortes, segundo a oposição.
O plano de paz, proposto pelo enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, estipula a cessação da violência por parte de todos os implicados, a retirada das forças armadas das cidades e o restabelecimento da autoridade do Estado em todo o território.
Além disso, prevê o começo de um diálogo nacional entre o governo e os setores da oposição no país.
Tanto o regime sírio como os rebeldes do Exército Livre Sírio (ELS) têm até hoje para começar a aplicar a iniciativa de Annan e retirar as tropas das cidades, e até o dia 12 para pôr fim de forma definitiva às hostilidades.
No entanto, as autoridades sírias exigiram "garantias escritas" de que os grupos armados da oposição cessarão a violência, enquanto o ELS condicionou o cumprimento do cessar-fogo ao respeito de Damasco ao plano de Annan.
Segundo dados da ONU, mais de nove mil pessoas morreram na Síria desde que começaram as revoltas populares em março de 2011. A oposição fala em mais de 10 mil mortos.
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições