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Xangai lidera ranking do Pisa; Brasil segue atrás no estudo da OCDE

Xangai lidera ranking do Pisa; Brasil segue atrás no estudo da OCDE

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:05

Os estudantes de Xangai, na China, conseguiram os melhores resultados no último relatório do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), enquanto o Brasil, apesar de melhorar em comparação com o último levantamento, segue entre os piores colocados no ranking de ensino internacional.

Conforme os dados publicados nesta terça-feira, o Brasil está na 53ª colocação entre os 65 países pesquisados no estudo elaborado pela Organização para o Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Atrás de países como Bulgária, Romênia e os latino-americanos México, Chile e Uruguai, o Brasil alcançou média geral de 401 pontos. O país, no entanto, ficou à frente da Colômbia, Argentina, Kazaquistão, Tunísia, Indonésia, Albânia, Catar, Azerbaijão, Panamá, Peru e Quirguistão.

Depois de Xangai, os alunos de 15 anos da Coreia do Sul e da Finlândia alcançaram as classificações mais elevadas. Finlandeses e sul-coreanos ficaram notavelmente acima da média dos 33 países desta organização do mundo desenvolvido que destaca especialmente os casos dos chineses que ficaram no topo pela capacidade de seus estudantes.

Neste relatório - que é realizado pela quarta vez desde 2000 - os melhores colocados são os estudantes de Xangai, cujos resultados estão acima da média tanto em compreensão de leitura quanto em matemática e ciências.

Em compreensão de leitura os estudantes de Xangai alcançaram 556 pontos, na frente dos 539 dos sul-coreanos e dos 536 dos finlandeses; a estes seguiram os estudantes de Hong Kong, antiga colônia britânica e atualmente cidade chinesa que leva vantagem de Cingapura (526) e Canadá (que alcançou 524 pontos).

Os países da OCDE fizeram em média 494 pontos em compreensão de leitura, que é nesta edição do relatório a capacidade que indica se os estudantes estão preparados "para enfrentar os desafios do futuro".

Os alunos de Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido, os países escandinavos e Portugal estão próximos da média, enquanto Espanha obteve nesta edição 481 pontos, um avanço comparado aos 461 pontos que obteve em compreensão de leitura no relatório elaborado em 2006 (onde a média OCDE foi de 500 pontos).

A OCDE destacou o caso do México, onde a pontuação em compreensão de leitura foi de 425 - subiu na pontuação em relação ao relatório anterior.

Deste modo, o relatório Pisa revela que, dentro da OCDE a distância que separa o país melhor situado do pior equivale a dois anos letivos; se estende a comparação entre o território com melhores resultados (Xangai) e o pior (Quirguistão) a diferença é de seis anos de escolarização.

Nesta avaliação se repetiu quase a mesma lista de países e territórios mencionados na compreensão de leitura: em matemática os melhor situados foram, pela ordem, Coreia do Sul, Xangai, Cingapura, Hong Kong e Finlândia.

Na área de ciências, a maior pontuação foi para Xangai, Finlândia, Hong Kong, Cingapura e Japão.

Na explicação dos resultados, a OCDE identificou que as meninas alcançaram em todos os casos melhores desempenhos na média em compreensão de leitura do que os meninos e que nesta área foram detectadas as maiores diferenças por sexo.

Em conhecimentos científicos, eles conseguiram, na média, pontuações acima do que as meninas e a OCDE constatou que em conhecimentos de matemática os resultados foram semelhantes se for levado em conta à distribuição por sexos entre os países com melhores classificações.

Outra conclusão do relatório é que a menor prosperidade econômica em alguns casos não impede bons resultados em países e territórios "mais pobres": é o caso de Xangai, cujo Produto Interno Bruto (PIB) por habitante é inferior à média da OCDE e, no entanto, ficou no topo do ranking.

A organização destacou que a Coreia do Sul, com PIB por habitante inferior à média da OCDE, se situou muito à frente de outros países "mais ricos".

Neste relatório foram avaliados 470 mil alunos que fizeram provas em 2009, aos quais se somaram outros 50 mil em 2010, o que faz com que representem no total cerca de 28 milhões de estudantes.

Pela primeira vez, o relatório levou em conta as capacidades dos estudantes de ler, compreender e utilizar os textos digitais e cada estudante teve de dedicar duas horas para preencher os questionários.

Os organizadores anteciparam que a próxima edição do relatório Pisa (em 2012) voltará a considerar matemática como a área de principal atenção e que em 2015 as ciências serão a matéria com maior peso na avaliação.

Adiantaram também que nos relatórios futuros serão testadas as capacidades dos estudantes de ler e entender textos em formato digital, assim como na resolução de problemas apresentados digitalmente, devido à importância crescente da tecnologia da informação.    

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