Mesmo afirmando ter votado pela neutralidade do PSB no segundo turno, Amaral disse acreditar que a candidatura da petista Dilma Rousseff seja “a única alternativa para a esquerda socialista e democrática”. O presidente da sigla, que assumiu o cargo temporariamente após a morte de Eduardo Campos, disse que, ao apoiar Aécio, o partido “traiu o legado” do ex-governador pernambucano.
O PSB lançou para as eleições deste ano o nome de Eduardo Campos para disputar a Presidência da República, tendo como vice a recém-filiada Marina da Silva. O candidato, que foi presidente da sigla e governador de Pernambuco, morreu em acidente aéreo em agosto em meio à campanha eleitoral. Em seu lugar, o partido aprovou Marina como presidenciável e o deputado gaúcho Beto Albuquerque (PSB) como vice.
No último domingo (5), Marina deixou a disputa após ser a terceira mais votada, com 22.176.619 votos (21,32%). Dilma obteve 43.267.668 votos (41,59%) e o tucano, 34.897.211 (33,55%). Além do PSB, neste domingo (12) Marina também declarou seu apoio a Aécio. No sábado, a viúva de Campos já havia declarado, por meio de carta, seu apoio à candidatura tucana.
O PSB integrou a base aliada do governo petista tanto na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (2002-2010) quanto no governo Dilma Rousseff. Em 2013, quando tinha o comando do Ministério da Integração Nacional e da Secretaria de Portos, o partido deixou a base para poder se preparar para lançar a candidatura de Campos à Presidência. Na ocasião, Campos, então presidente da sigla, destacou que a saída do governo não significava que o partido faria oposição ao governo Dilma.