Pizzolato se entrega à Justiça da Itália após decisão sobre extradição

Corte de Cassação de Roma acatou recurso do Brasil para extraditá-lo. Ex-diretor do BB foi condenado no processo do mensalão e havia fugido.

Fonte: globo.comAtualizado: quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015 às 18:33
Henrique Pizzolato
Henrique Pizzolato

O ex-diretor de marketing do BB,Henrique Pizzolato se entregou à Justiça italiana nesta quinta-feira (12), após a Corte de Cassação de Roma ter decidido por extraditá-lo, de acordo com informações do Bom Dia Brasil. Ele se entregou na cidade de Maranello.

Segundo a defesa de Pizzolato, ele já foi transferido para a penitenciaria chamada Casa Circondariale di Modena.
Pizzolato foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão no julgamento do mensalão do PT. Segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), ele cometeu os crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.

A decisão sobre a extradição para o Brasil, divulgada pela Corte também nesta quinta, será agora política e irá para o Ministério da Justiça da Itália, que tem até três semanas para decidir. A Corte de Cassação acatou recurso do governo brasileiro e do MInistério Público da Itália, contra sentença da corte de Bolonha do ano passado que negou a extradição.

A Procuradoria-Geral da União, que enviou representante à Itália, informou que o governo brasileiro foi oficialmente notificado da decisão da corte italiana às 7h, no horário de Brasília. Para secretário de Colaboração Internacional da PGR, Vladimir Aras, a decisão final sobre a extradição do ex-diretor de marketing será "política", já que cabe agora ao Ministério da Justiça da Itália.

Defesa

O advogado de Pizzolato, Alessandro Sivelli, disse em comunicado enviado à imprensa que está espantado com a anulação da decisão anterior que rejeitava a extradição, sem que fatos novos fossem apresentados, mas afirmou estar certo de que o Ministro da Justiça italiano não a concederá.
Segundo ele, a defesa tem a intenção de recorrer à Corte Europeia de Direitos do Homem, além de pedir ao Ministro da Justiça italiano que não conceda a extradição – o ministro ainda precisa aprovar a decisão da Corte de Roma. A defesa já apresentou um recurso na Corte Interamericana de Direitos Humanos.

 

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