Técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB), devem ouvir o piloto de um avião da TAM que fez uma manobra evasiva na noite desta quinta-feira (24) quando se preparava para pousar no aeroporto de Congonhas. Segundo nota divulgada pela TAM, os equipamentos de bordo do avião detectaram a presença de outra aeronave na mesma rota. De acordo com o Cenipa, os técnicos devem ainda coletar informações registradas pelo avião durante o voo e ouvir funcionários da área de controle de tráfego aéreo, da torre do aeroporto e do serviço de pátio. Não há prazo para que a investigação seja concluída porque pode haver a necessidade de realização de perícias em equipamentos, por exemplo.
Para o órgão, ainda não é possível sequer afirmar se havia mesmo outra aeronave na rota do avião da TAM. De acordo com o Cenipa, o mau funcionamento de um equipamento ou mesmo a decolagem de um helicóptero que tenha cruzado a rota do avião por segundos e a uma grande distância poderiam influenciar os sistemas de informação de navegação da aeronave.
O problema como avião da TAM ocorreu no ínicio da noite desta quinta-feira. Segundo a empresa, o comandante seguiu os procedimentos de segurança prescritos para essas circunstâncias e os passageiros foram informados do ocorrido. Ainda de acordo com a empresa, o aparelho pousou, em seguida, sem consequências, às 18h52.
De acordo com o site da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o voo 3717 saiu de Natal, fez escala em Brasília e pousou em Congonhas.
Uma passageira que estava na aeronave relatou ao G1 que o comandante já havia anunciado o início dos procedimentos de descida quando ocorreu a queda brusca. Mesmo usando o cinto de segurança, ela sentiu que levantou uns dois palmos da poltrona.
Segundo ela, o comandante afirmou que precisou realizar a manobra por causa do tráfego aéreo. Os passageiros ficaram assustados e houve gritos e choros no voo. A assessoria de imprensa da TAM disse que não houve necessidade de atendimento de passageiros após o pouso.
O senador Romeu Tuma (PTB-SP) também estava a bordo. "Entendi mais ou menos que foi uma manobra para evitar colisão. O comandante falou que teve de fazer uma manobra ríspida. Eu fiquei preocupado com a gritaria, mas achei que fosse aquelas quedas que dão naturalmente no voo. A aeromoça caiu no colo de alguém. Foi muito rápido", diz ele. "Ele afundou em direção ao chão e deu uma balançada."
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