O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, afirmou nesta quinta-feira (28) que a presidente Dilma Rousseff irá utilizar critérios técnicos e de idoneidade para escolher os seis diretores que irão substituir os exonerados por denúncias de superfaturamento no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Segundo Carvalho, o anúncio da nova composição deve ser feito por Dilma e pelo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, no começo da próxima semana.
A presidenta está com muito cuidado analisando as alternativas, naturalmente preocupada que não demore muito esse processo de recomposição do Dnit e de recomposição do próprio ministério. Ela despachou ontem com o ministro Paulo Sérgio e está com muito cuidado analisando cada um dos currículos, cada uma das situações. É bem provável que já no início da semana a presidenta e o ministro Paulo Sérgio possam anunciar a nova composição do Dnit. O critério e o cuidado é para que sejam pessoas que juntem idoneidade com a competência técnica, disse Carvalho, após participar de seminário no Planalto.
Desde o surgimento de denúncias de superfaturamento em obras, publicadas pela revista Veja no começo de julho, seis dos sete diretores do Dnit já deixaram o órgão. Nos quadros do Ministério dos Transportes, o número de servidores afastados ou demitidos já chega a 20.
As exonerações provocaram desgaste entre aliados ao governo da presidente, principalmente o PR, que detinha o maior número de cargos na pasta. Após a onda de exonerações, Carvalho disse que a presidente Dilma não irá observar critérios partidários para preencher o quadro de servidores dos Transportes.
Os nomes são absolutamente técnicos, como deve ser no dnit. São pessoas que vão dar conta de uma tarefa fundamental que é infraestrutura. Por isso mesmo tem que ser pessoas dotadas de competência técnica e idoneidade. A questão partidária não é proibitiva, o que quero dizer é que o que preside a escolha da presidenta nesse caso é a questão técnica, afirmou Carvalho.
Mudança nos estados
O ministro deixou claro que a nova composição do Dnit terá autonomia para realizar mudançasno comando das 23 superintendências estaduais do órgão. Carvalho afirmou, no entanto, que as substituições serão analisadas caso a caso e ninguém será exonerado sem motivo.
A presidenta vai primeiro nomear a direção do Dnit. A partir daí, é natural que a nova direção se baseie nas indicações estaduais para que o trabalho tenha continuidade. O papel das superintendências do Dnit é importantíssimo na condução local, porque as obras acontecem lá na ponta. Então, vai ser dado, em diálogo com a nova direção do Dnit, a possibilidade das alterações que forem necessárias. Mas não será feita uma caça às bruxas, vai ser analisado caso a caso, não se trata de fazer a troca pela troca, afirmou Carvalho.
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