Sindicatos e movimentos sociais do setor de petróleo, ligados ao PT, fizeram ontem no Rio de Janeiro uma passeata em defesa das estatais, na qual foram distribuídos panfletos que atacavam o candidato tucano à presidência, José Serra.
A campanha de Dilma Rousseff no segundo turno tem priorizado em seu discurso a acusação de que Serra (PSDB) quer privatizar a Petrobras e o pré-sal.
A passeata saiu da Candelária e seguiu até a sede da Petrobras, ambos no centro do Rio de Janeiro, onde tiveram a adesão de funcionários da empresa.
Em uma charge, reproduzida em mais de uma peça distribuída no evento, Serra emerge do mar perto de uma plataforma do pré-sal e é chamado de "monstro da privatização".
Em outro panfleto, que tem o título "Um pinóquio chamado José Serra" e lista o que seriam dez mentiras do candidato, uma foto do tucano foi modificada e ganhou nariz gigante.
No outro lado desse panfleto, foto de Lula e Dilma e a logo da campanha petista. Foram distribuídos adesivos "Dilma sim" e "Serra não".
Apesar da distribuição de material anti-Serra e pró-Dilma, os organizadores do evento tentaram desvincular o ato da campanha.
"Não é manifestação de campanha. É um manifesto em defesa do patrimônio público", disse João Antônio de Moraes, coordenador-geral da FUP (Federação Única dos Petroleiros). Além da FUP, CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical, UNE (União Nacional dos Estudantes) e Via Campesina estavam entre os organizadores.
Os sindicatos organizaram caravanas para trazer trabalhadores do interior do Rio e de outros Estados.
Os organizadores falaram em 30 mil pessoas. A Polícia Militar estimou em cerca de 10 mil. Entre os participantes, parlamentares do PT Rio de Janeiro como o senador eleito Lindberg Faria, o ex-ministro Carlos Minc e o deputado federal Luiz Paulo.
Por: Fabia Prates
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