Uma reunião realizada no início da tarde desta quarta-feira (4) entre o Sindicato dos Metroviários de São Paulo e representantes do Metrô terminou sem acordo, e os funcionários poderão entrar em greve na quinta-feira (5). O encontro ocorreu na sede do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no Centro da capital paulista.
Após uma hora e meia de reunião, o presidente do sindicato da categoria, Altino Melo dos Prazeres, afirma que a categoria não aceitará uma proposta com reajuste inferior a dois dígitos, ou seja, menos de 10%. A categoria reivindica 16,5% de reajuste salarial.
Às 18h30, os metroviários farão nova assembleia para determinar se a greve realmente começará na madrugada desta quinta, conforme ficou aprovado em assembleia no final de maio. Na assembleia, eles vão apresentar a proposta levada pelo Metrô de reajuste de 8,7%.
O presidente do Metrô, Luiz Antonio de Carvalho Pacheco, afirmou após a reunião que o Metrô não consegue atingir o índice solicitado pelos metroviários. Segundo Pacheco, o reajuste de 8,7% somado a reajustes no vale-refeição e no vale-alimentação representam um aumento total de 10% a 13%.
Mais cedo, por volta das 10h, representantes da categoria fizeram um ato na Praça da Sé.
Não há greve prevista para a CPTM. Os sindicatos dos Ferroviários de São Paulo (funcionários das linhas 7 e 10) e Central do Brasil (linhas 11 e 12) afirmam que já fecharam suas campanhas salariais. O G1 não havia conseguido contato com os diretores do Sindicato dos Ferroviários da Sorocabana (linhas 8 e 9) até a publicação desta reportagem.
Ato
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo – que representa funcionários do Metrô nas linhas 1, 2, 3 e 5 da capital paulista – aprovou a greve em assembleia na terça-feira (27). A categoria ainda pretendia trocar a greve por catraca livre, mas o governador Geraldo Alckmin já recusou a sugestão.
O presidente do sindicato, Altino Melo dos Prazeres, explicou que a greve deve começar na madrugada, entre 4h e 5h. "Não há como interromper exatamente à meia-noite. O pessoal vai concluir o turno até a 1h, 2h (da madrugada) e depois o pessoal do turno seguinte não entra para trabalhar", explicou.
A categoria já tinha declarado estado de greve no dia 20, período no qual os motoristas de ônibus faziam paralisação na cidade. Desde quinta (22), parte dos funcionários passou a trabalhar sem o uniforme do Metrô e a usar coletes da campanha salarial.
O Metrô informou que “está aberto ao diálogo” para chegar a um acordo com os funcionários e que “confia no bom senso da categoria” para que os usuários não sejam prejudicados.
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