Resultados deram negativo
Assim que a doença foi descartada, o paciente deixou o isolamento e teve contato com profissionais de saúde, sem a necessidade de roupas especiais.
“Ele saiu do isolamento e está e um quarto comum no hospital. Ele tinha problemas de saúde, alterações no hemograma, são queixas que um paciente não precisaria estar internado”, afirmou Cerbino, na terça-feira. Segundo ele, Bah, sempre achou que não teria ebola.
"As alterações não correspondem a nenhum caso infeccioso", observou o vice-diretor.
"O segundo resultado negativo nos coloca uma tranquilidade, mas demonstra pra gente uma necessidade de nos manter em alerta. Nos acreditamos que estamos conseguindo nos manter organizando para enfrentar essa emergência. É fundamental que tenhamos clareza manter e assegurar a privacidade deste paciente. Vamos continuar aprimorando as nossas ações”, disse ainda Cerbino.
De acordo com o infectologista Cerbino, cerca de 70 profissionais estão capacitados para atender esse tipo de demanda. “Temos dois leitos separados pra isso, mas em caso de uma epidemia a gente pode reservar o hospital pra isso, ou seja, são 32 leitos”. Ele ressaltou ainda que há outras instituições parceiras no país.
Alívio e preocupação
Cerbino disse que o paciente tem receio de sofrer algum tipo de preconceito quando voltar para o convívio. “Na situação dele de refugiado isso gera uma preocupação grande, a gente vai tentar na medida do possível atender os desejos dele. Ele veio sozinho para o Brasil”, falou o infectologista.
O infectologista contou que o paciente ficou muito feliz quando soube o resultado dos exames. “No primeiro resultado negativo foi um alívio maior, no segundo resultado a gente entrou sem as roupas e ele já percebeu que saiu do isolamento", contou o infectologista que acompanhou o paciente.
O vice-presidente da Fiocruz Vancler Rangel não soube informar o custo de toda a operação com o paciente. O balanço dos trabalhos deve ser divulgados até quinta-feira.