Bandeiras hasteadas marcam fim de megaoperação na Mangueira

Bandeiras hasteadas marcam fim de megaoperação na Mangueira

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:38

Policiais chegam ao alto do morro e fincam

bandeiras do Brasil e do estado do Rio

(Foto: Robson Bonin/G1)

  Por volta das 10h40 deste domingo (19), policiais chegaram ao alto do Morro da Mangueira , na Zona Norte do Rio. Na localidade conhecida como Caixa D´Água, no Morro dos Telégrafos, que pertence à Mangueira, foram hasteadas duas bandeiras - uma do Brasil e outra do estado do Rio - que marcam o fim da megaoperação para a instalação da 18ª Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da cidade.

Não houve registro de confrontos durante toda a operação, que começou às 6h e contou com a participação de 750 pessoas, entre elas centenas de policias e militares. As equipes tiveram também o apoio de 14 blindados das polícias e dos Fuzileiros Navais, além de quatro helicópteros, caminhões, motos, reboques e outros veículos. Pela primeira vez também foram usados rádios com GPS, que facilitaram a comunicação dos agentes com as equipes que ficaram num centro de operações montado na 111ª Cia. de Apoio de Material Bélico, próximo ao local.

Para o coronel Pinheiro Neto, que tem 27 anos de Polícia Militar, os agentes cumpriram seu papel. “O sentimento é de que o dever está sendo cumprido. A comunidade está receptiva à polícia, o que é significativo, e uma nova página do Rio de Janeiro está sendo cumprida com pacificação do Morro da Mangueira”.   Comércio aberto

Durante toda a manhã, o comércio no morro funcionou normalmente, com bancas de jornais e padarias abertas para atender os moradores. Por volta das 8h45, um caminhão da Comlurb fazia a coleta de lixo na região. Pelas ruas do bairro o clima foi de tranquilidade, mas, com medo de futuras represálias, moradores evitaram falar com a imprensa.

Homens da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) usaram guinchos e reboques para retirar veículos suspeitos do morro. Já a Secretaria municipal de Obras foi ao local checar denúncias de obras irregulares, enquanto a Vigilância Sanitária fazia inspeções no comércio da área. Agentes da Polinter usaram laptops para checar se os suspeitos detidos estão no banco de dados da polícia. Os detidos com passagem pela polícia foram levados para um centro de triagem montado no colégio Adolfo Bloch.

A operação foi coordenada pela Secretaria de Segurança, por meio da Polícia Militar e da Polícia Civil, com apoio da Marinha do Brasil (Corpo de Fuzileiros Navais), da Polícia Federal, do Corpo de Bombeiros, da Defensoria Pública do estado e da Prefeitura do Rio. A ação conta também com a colaboração do Exército e da Força Aérea Brasileira.

Além da Mangueira, as comunidades Morro dos Telégrafos, Candelária e Tuiuti também foram ocupadas. Quando inaugurada, a 18ª UPP fechará um conjunto de favelas que compreende todo o Complexo da Tijuca. Após a inauguração, 315 mil pessoas serão beneficiadas diretamente e cerca de 1,5 milhão indiretamente.        

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