O delegado Edson Moreira afirmou, nesta sexta-feira (30), que a morte de Eliza Samudio foi premeditada pelo goleiro Bruno de Souza. Segundo Moreira, ele usou o intervalo do Campeonato Brasileiro para a Copa da África do Sul para colocar em prática o plano de matar a jovem.
O delegado afirma que a execução do plano teve início em 4 de junho, dia anterior ao último jogo do Flamengo na competição nacional.
Nesse dia, de acordo com Moreira, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, e o adolescente foram ao hotel em que Eliza estava hospedada. Eles teriam dito que a levariam para encontrar Bruno, porém, no trajeto até a casa do jogador, a jovem foi ferida pelo menor. Na chegada à casa de Bruno, Eliza é separada do filho. A criança fica sob os cuidados de Fernanda Gomes Castro, suposta amante do jogador.
"Durante todo o tempo, eles ficam se comunicando com Bruno, dizendo que o plano estava em execução", afirmou Moreira.
No notebook de Macarrão foi encontrado um contrato que Eliza seria obrigada a assinar, apresentando o valor de R$ 3,5 mil para pensão alimentícia e um apartamento em Minas Gerais, porque o jogador queria que a criança fosse criada perto da família dele.
"Já estava tudo previamente planejado. Ele ai fazer visitas constantes para um acordo judicial, disse que daria R$ 3,5 mil e um apartamento", disse Moreira.
Segundo o delegado, Eliza foi mantida em um quarto da casa até Bruno voltar da concentração do Flamengo, após um jogo contra o Goiás. Bruno, Fernanda, Eliza, o bebê, Macarrão e o menor partem então para o sítio em Minas Gerais.
"Todo ano, o Time 100% era levado para o Rio de Janeiro", diz Moreira. O delegado explica que essa viagem foi usada como pretexto para Bruno viajar de Minas para o Rio. Fernanda esteve com o goleiro no Rio e seguiu com ele para Minas. Essa é a comprovação da participação de Fernanda no crime.
Segundo o delegado, no dia 10 de junho, Macarrão, o menor e Sérgio Rosa Sales (primo de Bruno) levam Eliza a criança e uma mala até a região da Pampulha, em Belo Horizonte, onde encontraram o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola ou Paulista
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