Cientistas vão avaliar prejuízos em incêndio na base na Antártida

Cientistas vão avaliar prejuízos em incêndio na base na Antártida

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:15

iG São Paulo

Todos equipamentos foram perdidos no acidente. Esperança é que dados de estudos tenham sido salvos em computadores pessoais

 

 

Funcionários foram levados ao amanhecer para a base chilena, de onde seguirão para o Chile

Foto: AP

A coordenadora do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Antártico de Pesquisas Ambientais (INCT-APA), Yocie Yoneshigue Valentin, disse que vai se reunir com os pesquisadores que estavam na base Comandante Ferraz, na Antártida, para avaliar as perdas sofridas com o incêndio que destruiu a base brasileira. Ela acredita que a reunião deverá ocorrer no fim da semana que vem. Cerca de 15 pesquisadores do INCT-APA trabalhavam na Estação Comandante Ferraz. Segundo a coordenadora do instituto, todos os equipamentos científicos que estavam na estação foram perdidos. A esperança, de acordo com Yocie, é que os pesquisadores tenham feito uma cópia do material produzido lá nos próprios computadores pessoais. “Vamos ver se sobrou alguma coisa”.

 

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A equipe do instituto vinha coletando material sobre as comunidades terrestres e marinhas da Antártica, na última fase da Operação 30, iniciada em 2011 e que se estenderia até 24 de março. Cada ano de pesquisas recebe um número. Isso quer dizer que o INCT-APA está atuando na Antártica há 30 anos. Nem todos os trabalhos, entretanto, foram feitos na Estação Comandante Ferraz, que acabou de completar 28 anos no último dia 6. As pesquisas iniciais do instituto foram feitas no navio oceanográfico Professor W. Besnard, do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP).

Yocie Valentin explicou que as pesquisas que vinham sendo feitas na recente fase da Operação 30 tinham por objetivo conhecer melhor a diversidade dos organismos na Antártica. “A gente está nessa fase da exploração. Saber o que tem e se o aumento da temperatura que está ocorrendo atualmente na Antártica, por causa das mudanças climáticas, está afetando os organismos que vivem lá”.

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(Com informações da Agência Brasil)

 


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