A Polícia Civil do Distrito Federal encontrou no final da noite desta segunda-feira (31) o corpo da professora Márcia Regina Lopes Cardoso, de 56 anos, desaparecida há mais de três semanas. Suspeito do crime e preso desde sexta, o namorado dela teria participado das buscas, que ocorreram em um matagal entre Formosa e Brasilinha, no Entorno do DF.
Agentes informaram que o crânio da mulher estava fraturado, provavelmente após uma pancada com o extintor de incêndio do carro. As motivações para o crime não foram reveladas. O suspeito foi indiciado por homicídio e ocultação de cadáver e já tinha antecedentes criminais por agressão a mulheres e crime contra a honra de terceiros.
Em depoimento à polícia, o namorado havia declarado que Márcia sumiu depois de deixá-lo no Parque da Cidade. A versão dele, no entanto, foi desmontada pela corporação. A entidade informou que vestígios de sangue da professora, encontrados no carro dela dias depois do sumiço, serão usados como prova, mas não passou mais detalhes.
Irmão caçula de Márcia, Ézio Tadeu Lopes, disse ao G1 poucos dias após o sumiço que o casal já havia namorado antes e reatou havia poucos meses. Segundo o engenheiro florestal, a família não conhecia o suspeito, mas não era a favor do relacionamento.
“Por ocasião do primeiro rompimento, gerou um certo desconforto [a volta]. Mas ela é uma pessoa adulta, ela faz as próprias escolhas. Nos incomodou muito que eles reataram, mas nada contra ele, nunca nos posicionamos contra ele. É que términos são sempre difíceis. Mas essas são escolhas que cada um faz”, afirmou na época.
Márcia foi vista com vida pela última vez no dia 9 de março. Ela trabalhava em um colégio particular do Sudoeste e morava com o namorado em Águas Claras. No dia 21, o carro dela foi encontrado intacto, em uma quadra comercial de Sobradinho.
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