O Conselho de Ética da Câmara vai se reunir nesta quarta-feira (29) para discutir o relatório do deputado Sérgio Brito (PSC-BA) sobre o processo disciplinar contra Jair Bolsonaro (PP-RJ).
O parlamentar é acusado pelo PSOL de disseminar preconceito e estimular violência com declarações contra negros e homossexuais.
A representação cita declarações do pepista e um bate boca entre ele e a senadora Marinor Brito (PSOL-PA), no dia 12 de maio, sobre o projeto que criminaliza a homofobia (PLC 122/06) em tramitação no Senado. Para o PSOL, o deputado ofendeu a senadora durante a discussão.
O texto também relata a participação de Bolsonaro no programa CQC (Band). Quando questionado sobre o que faria se o filho namorasse uma moça negra, o deputado disse que não discutiria promiscuidade.
Depois da exibição do programa, Bolsonaro afirmou ter entendido errado a pergunta, confundindo a palavra negra com gay. Ambas as acusações estão sendo analisadas em conjunto por Brito.
Prazos
O relator adiantou que o parecer prévio deve pedir a continuidade da investigação contra o parlamentar. Sérgio Brito esclareceu que o prazo para a defesa de Bolsonaro só começa a ser contado após a aprovação do relatório prévio.
- A partir daí, são 60 dias úteis para investigação: 10 dias para a defesa, 40 dias para a apuração e 10 dias para a elaboração do relatório final.
Se for cumprido o cronograma, o parecer final deverá ser votado pelo Conselho de Ética no fim de agosto.
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