Dilma afirma que é cristã, é contra ao aborto e nunca disse nada contra ao nome de Jesus

Para conter uma onda de boataria, a coordenação de campanha da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, se reuniu nesta quarta-feira (29), em Brasília, com 27 lideranças católicas e evangélicas. No encontro, a petista reafirmou ser contra o aborto e repudiou o boato que se espalhou na internet nesta etapa final de campanha. Para Dilma, os boatos representam uma “campanha difamatória" e “uma calúnia e uma vilania”.

A onda de boatos credita à Dilma a afirmação de que ela já estaria eleita em nome de Jesus Cristo. "Quero repudiar a afirmação que colocam na minha boca de que eu disse em algum momento que ganharia as eleições. É uma campanha difamatória, que afirma que eu disse em nome de Jesus que ganharia a eleição. Isso é uma falsidade. Eu sou cristã e jamais utilizaria o nome de Cristo em vão", justificou Dilma. A petista voltou a dizer que é “pessoalmente contra o aborto” e esclareceu, conforme pedido pelas lideranças, que irá mandar a iniciativa ao Congresso. “Só falaram para eu deixar para o Congresso a iniciativa e eu concordei”, pontuou.

Nos bastidores, o comando da campanha de Dilma detectou várias iniciativas de fraudar depoimentos atribuídos à candidata que, segundo integrantes da campanha, seriam para indispô-la com setores religiosos. Além da frase sobre Jesus Cristo, uma nota da CNBB estaria circulando com conteúdo que pede para os eleitores não votarem em Dilma.

A coordenação acredita que seria uma ofensiva para forçar um eventual segundo turno e admite preocupação com a perda do eleitorado nesse segmento. Por isso, a campanha contatou as lideranças para uma reunião na manhã desta quinta-feira para desfazer os boatos.

Carta e apoio

A Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil Ministério de Madureira soltou agora há pouco uma carta aberta à nação brasileira, em que reitera o apoio ‘total e irreversível’ à candidata e repudia os boatos. Assinada pelo Bispo Doutor Manoel Ferreira, a carta chama de ‘cruel e mentirosa’ a boataria que permeia os meios de comunicação. A entidade representa 50% das igrejas evangélicas do Brasil.