A presidente Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira (17) que vai promover uma luta sem quartel contra o crack durante seus quatro anos de mandato. Ela participou de uma cerimônia de lançamento de 49 Centros de Referência em Crack e outras Drogas.
Temos um quadro extremamente preocupante no que se refere à drogas e à criminalidade. Meu governo vai fazer um combate sustentável ao crack. Tenho o compromisso de levar uma luta sem quartel ao crack, afirmou.
A presidente lembrou que há poucas informações sobre os efeitos e formas de diagnosticar o consumo de crack. O fato de não haver um acerco de conhecimento e metodologia sobre o tratamento faz com que os centros de referência sejam uma iniciativa pioneira, disse. Saber é uma condição privilegiada para desvendar as drogas.Temos que devorar, metabolizar e expelir este processo, afirmou a presidente.
Segundo Dilma, o governo, através do Plano Nacional de Enfrentamento do Crack e outras Drogas, vai promover prevenção, tratamento especializado e políticas de reinserção. Temos que trabalhar três eixos. Prevenção, para evitar que novos jovens e crianças sejam vítimas das drogas. O eixo da atenção, através de tratamento especializado. Temos que ter boas comunidades terapêuticas e enfermaria, mas também políticas de reinserção, afirmou.
De acordo com a presidente, o combate ao crack também exige um melhor controle da criminalidade, das fronteiras e do tráfico de drogas. Isso passa também pelo combate ao crime organizado, com o reforço da Polícia Federal e o controle de fronteiras.
A uma plateia de professores de universidades federais, a presidente afirmou que vai trabalhar para fortalecer o ensino superior e os profissionais de educação. Quero reiterar meu compromisso com a continuidade da valorização do ensino superior, sobretudo a valorização dos professores e professoras desse país. Tenho clareza da importância dos senhores para a formação da nossa própria alma como nação, disse.
Os Centros de Referência em Crack e Outras Drogas serão implementados em 49 universidades federais espalhadas por todo o país e servirão para capacitar profissionais de saúde e de assistência social que atendam a usuários de drogas e suas famílias.
Cada centro custará R$ 300 mil do Fundo Nacional Antidrogas (Funad) e poderá capacitar cerca de 300 profissionais. A expectativa é formar 14,7 mil profissionais ao final de 12 meses em 844 municípios e 19 estados.
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