'Dilma perdeu o primeiro ano', diz Aécio Neves

'Dilma perdeu o primeiro ano', diz Aécio Neves

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:16

Valor Online

Senador tucano criticou os governos petistas de Dilma e Lula

A presidenta Dilma Rousseff desperdiçou a maioria que tem no Congresso ao não enviar em seu primeiro ano de governo nenhum grande projeto de reforma, disse nesta segunda-feira o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Nome mais forte da oposição à sucessão de Dilma em 2014, Aécio fez críticas ao início do governo da petista. Atacou a capacidade de gestão da presidente e as medidas para reverter o processo de desaceleração da indústria.

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"Nós perdemos o primeiro ano de governo sem que nenhuma reforma estrutural tenha sido enviada ao Congresso, sequer para discussão. E o governo tem uma maioria extraordinária", disse Aécio após reunião em Belo Horizonte com o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia (PSDB), e com o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB).

 

 

Aécio Neves após reunião com Anastasia em Minas Gerais (17/12/11)

Foto: Gil Leonardi/Secom MG

Ele cobrou o envio de projetos de reforma política, tributária, da Previdência e do Estado brasileiro, que, para ele, são cruciais. "A agenda é pobre. Vamos aguardar a iniciativa do governo." O presidencialismo brasileiro, continuou ele, "é quase imperial".

 

Ao ser perguntado sobre a política de redução de juros que vem sendo adotada desde meados do ano passado pelo governo, Aécio preferiu esgueirar-se. "Poderíamos ter uma política mais incisiva de redução de taxas de juros. Talvez sim, mas isso eu deixo para o momento em que nós chegarmos ao governo." Ao falar das medidas de apoio à indústria, foi mais direto em sua crítica ao governo Dilma e ao governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Hoje há um processo gravíssimo de desindustrialização no Brasil", disse, repetindo uma avaliação que não é consenso entre economistas. Argumentou que, em dez anos, a pauta de exportação brasileira passou a priorizar as commodities em detrimento dos produtos manufaturados. "As medidas do governo (anunciadas no ano passado sob o nome de Brasil Maior) são muito pontuais, paliativas, não há uma definição de um planejamento a médio e longo prazos."


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