Em Minas Gerais, bombeiros retiram segundo corpo após queda do viaduto

Em Minas Gerais, bombeiros retiram segundo corpo após queda do viaduto

Fonte: Globo.comAtualizado: sexta-feira, 4 de julho de 2014 às 11:14
Equipes trabalharam no local do desabamento em Belo Horizonte durante toda a madrugada desta sexta-feira (4)
Equipes trabalharam no local do desabamento em Belo Horizonte durante toda a madrugada desta sexta-feira (4)

Equipes trabalharam no local do desabamento em Belo Horizonte durante toda a madrugada desta sexta-feira (4) As equipes de resgate encontraram durante a madrugada desta sexta-feira (4) o corpo da segunda vítima do desabamento de um viaduto na Avenida Pedro I, próximo à Lagoa do Nado, região da Pampulha, em Belo Horizonte, ocorrido nesta quinta (3). Uma pessoa estava nas ferragens de um carro esmagado pela estrutura. Mais dois caminhões e um micro-ônibus foram atingidos.

A primeira vítima foi a motorista do ônibus, Hanna Cristina Santos, de 25 anos. A segunda vítima é Charlys Frederico M. do Nascimento, também de 25 anos, segundo os bombeiros. Outras 22 pessoas ficaram feridas. Os caminhões não tinham ocupantes.
As causas do acidente ainda são desconhecidas.

O tenente-coronel Edgard Estevo, que comanda os bombeiros no local, considera que o trabalho da corporação terminou com a retirada do 2º corpo. De acordo com a capitão Jordana, os bombeiros não têm informações que indiquem a existência de mais vítimas sob o viaduto que ruiu.
O tenente-coronel informou que agora será feito o trabalho de perícia por parte da Polícia Civil, técnicos da Coordenadora Municipal de Defesa Civil (Comdec) e militares do Corpo de Bombeiros. Após a liberação, o viaduto deve ser demolido, com retirada do concreto em blocos. Os caminhões esmagados pela estrutura serão removidos após a demolição.
O trabalho de resgate se concentrou no uso de macacos hidráulicos para escoramento do viaduto e também maquinário para escavação do solo na parte traseira do veículo.

Desabamento
O viaduto, que saía da Rua Olímpio Mourão e passava sobre a Avenida Pedro I, estava em construção e, segundo a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, seria inaugurado neste mês. O acidente aconteceu na Região da Pampulha, onde está o estádio Mineirão, que vai receber uma partida da semifinal da Copa do Mundo na próxima terça-feira (8). A Avenida Pedro I é uma das vias de acesso ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins.

O prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, esteve no local do desabamento e disse que ainda é prematuro apurar responsabilidades. "Não sabemos se é falha de projeto ou de construção", disse o chefe do Executivo, que afirmou ainda que a administração está empenhada em prestar assistência às vítimas. O prefeito decretou luto oficial de três dias na cidade.

Um segundo viaduto também está sendo construído ao lado do que desabou. Segundo o Corpo de Bombeiros, uma vistoria verificou que a estrutura deste segundo elevado foi abalada com a queda do primeiro. Partes do viaduto foram escoradas para evitar novos desabamentos.

A Construtora Cowan, responsável pela obra, lamentou o acidente em nota e disse que iria prestar apoio às vítimas. "A Cowan lamenta profundamente o ocorrido com o viaduto sobre a Avenida Pedro I. Neste momento, a prioridade é o apoio às vitimas e aos familiares. A empresa informa que já enviou ao local a equipe técnica para iniciar as investigações", informa a nota.
A obra faz parte da meta 2 do Plano de Mobilidade do BRT, que seria usada durante a Copa do Mundo. Segundo a Secretaria Extraordinária da Copa, a Secopa, a construção tem verba federal, mas era executada pela Prefeitura de Belo Horizonte. O valor desta etapa da obra é de R$ 460 milhões, e, até agora, já foram executados R$ 445 milhões.

Vítimas e testemunhas
A motorista do ônibus era Hanna Cristina Santos, de 25 anos. Ela tinha uma filha de cinco anos, que estava dentro do veículo no momento do acidente. O ex-marido de Hanna, Ederson Elisiano, esteve no Hospital Risoleta Neves para ver a filha. Ele contou que a criança faz aniversário na próxima semana. “Eu não sei como vou fazer, pois ela é muito apegada a mãe”, disse. A menina não se feriu com gravidade.

 

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