Os Estados Unidos emitiram nesta segunda-feira (20) duas discretas queixas sobre a ausência do Brasil nos esforços de combate ao narcotráfico e à violência na América Central e na África Ocidental. Em ambas as iniciativas, Washington está presente. O Brasil, ao contrário, não aderiu ao chamado Grupo de Amigos da América Central, por meio do qual os países europeus, os Estados Unidos e o Canadá tentam articular uma estratégia conjunta para acabar com as gangues e o tráfico de drogas.
O Brasil igualmente se mostra omisso na iniciativa dos Estados Unidos de cooperar nessas áreas com países da África Ocidental - o destino primário da cocaína transportada pelo território brasileiro. O embaixador William Brownfield, secretário-assistente de Estado para o Escritório Internacional de Narcóticos dos Estados Unidos, falou sobre o problema.
- A maioria da droga que passa pelo Brasil vai à África Ocidental e, eventualmente, à Europa. Isso pode mudar no futuro. O narcotráfico é bom comerciante e sempre está pronto a buscar uma oportunidade.
Ele se referiu à possibilidade de a droga alcançar o mercado norte-americano.
- Para evitar isso, será preciso uma boa colaboração entre os governos do Brasil, dos Estados Unidos e de outros países.
Segundo o embaixador Brownfield, sem a participação "direta, entusiasmada e positiva" do governo brasileiro, os Estados Unidos e a África Ocidental não terão sucesso em sua iniciativa conjunta na área da segurança cidadã, que envolverá especialmente o combate ao narcotráfico.
O acordo está fase inicial de negociação. O Brasil, por enquanto, não participa dessas conversas. No caso da América Central, a omissão brasileira também é percebida com reservas pelo governo americano.
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