O ex-médico e ex-deputado estadual de Mato Grosso do Sul, Alberto Jorge Rondon, foi condenado pela Justiça de Campo Grande, na segunda-feira (9), a 42 anos de prisão em regime fechado por lesão corporal dolosa grave e nove meses de detenção, em regime semiaberto por lesão corporal contra 14 mulheres que foram submetidas à cirurgias plásticas e denunciaram Rondon pelo resultado dos procedimentos.
A condenação imposta por juiz Ivo Salgado Rocha refere-se ao crime agravado por deformidade permanente a dez das 14 mulheres. Na denúncia, consta que Rondon trabalhava, a partir de 1999, sem habilitação de especialista em cirurgia plástica.
A partir de 2000, começaram a surgir as denúncias contra Alberto Rondon. As pacientes, a maioria submetida a plástica nos seios, denunciaram que os procedimentos deixaram cicatrizes. Segundo o processo, instaurado em 2003, restaram quelóides enormes e marcas horríveis e que, mesmo após a cirurgia reparadora por uma junta médica, estes problemas estéticos ainda persistem.
Em 2002, Rondon foi condenado a seis anos e oito meses de prisão em regime semiaberto pelo crime de lesão corporal dolosa repetido sete vezes. Chegou a ser preso em 21 de setembro de 2009, em cumprimento a mandado de prisão por esta sentença. Em outubro, foi beneficiado com regime domiciliar, depois que a defesa alegou que ele precisava de alimentação diferenciada por causa do diabetes. Desde então mora em Bonito, a 249 quilômetros de Campo Grande.
O advogado René Siufi, que defende Rondon nos processos, diz que irá recorrer da sentença, contestando o método utilizado para quantificar as penas. Siufi diz que não foi adotada contagem de crime continuado, o que poderia reduzir a sentença, já que o ex-médico foi condenado por cada caso, com avaliação de agravantes em separado.
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