Greve no Judiciário pode prejudicar processo eleitoral, diz presidente do TSE

Greve no Judiciário pode prejudicar processo eleitoral, diz presidente do TSE

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:25

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Ricardo Lewandowski, disse que as reivindicações dos servidores do Judiciário são justas, mas que o TSE não permitirá que uma possível greve prejudique o andamento do processo eleitoral.

O servidores querem a aprovação do projeto de lei que dispõe sobre a revisão do plano de carreira do Judiciário e ameaçam paralisar as atividades nos próximos dias.

''Estamos de acordo com a reivindicação, mas a greve é totalmente inoportuna porque pode atrapalhar as eleições. Iremos tomar todas as providências, inclusive judiciais, para garantir que as eleições aconteçam normalmente'', afirmou o presidente do TSE, após reunião com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, e com o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams.

Segundo o ministro do Planejamento, não há possibilidade de atender as reivindicações dos servidores do Judiciário porque não há previsão orçamentária. ''Existe um pensamento dos sindicatos, de que como é fim de governo e também ano eleitoral, podem fazer pressão por melhores salários. Estamos abertos para negociar, contudo não temos condição de reajuste'', disse o ministro.

De acordo com o advogado-geral da União, a greve no Judiciário e, principalmente, entre os servidores do TSE, no momento, é o pior instrumento para reivindicar reajustes, porque o governo já apontou que não terá condições de cumprir.

''A AGU continuará agindo com firmeza para garantir a permanência do serviço básico de todo o Judiciário. Entendemos que uma paralisação prejudica o país '', explicou o advogado, que ressaltou ainda que ''o direito de poucos não pode ser superior ao direito de muitos''.

O ministro do planejamento apontou também que o julgamento da legalidade da paralisação dos analistas e dos técnicos do meio ambiente, no STJ (Superior Tribunal de Justiça), que ocorre hoje (12), será fundamental para por limites às greves que vem despontando desde o início de 2010.

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