O grupo de hackers LulzSec Brazil publicou em seu perfil no Twitter um link para arquivos com supostos dados da presidente Dilma Rousseff e do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Também foram publicados outros dois arquivos relacionados a supostos e-mails de funcionários da Petrobras e do Ministério do Esporte.
Procurada pelo G1, a Presidência informou que a responsabilidade pelos dados é do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro). Este órgão informou que nenhum dado sigiloso foi acessado pelo grupo nos ataques de quarta-feira (22). A Prefeitura de São Paulo declarou por volta das 10h15 que está averiguando os dados divulgados.
Os arquivos mostram supostas informações de Dilma e Kassab como números do CPF e PIS, data de nascimento, telefones, escolaridade e e-mails (apenas de Kassab). No caso de Dilma, a Petrobras aparece como empresa a que ela está relacionada, inclusive com um número de CNPJ.
Os hackers também divulgaram outros dois arquivos no Twitter: um mostra lista de supostos acessos para sistema da Petrobras. E, no outro, lista de supostos acessos para sistema do Ministério do Esporte.
Ataques na quarta
O ataque hacker às páginas da Presidência da República, Portal Brasil e da Receita na madrugada desta quarta foi o maior já sofrido pela rede de computadores do governo brasileiro. De acordo com o Serpro, o ataque que não causou danos às informações disponíveis nas páginas partiu de servidores localizados na Itália.
Para derrubar os sites, os hackers utilizaram sistemas que faziam múltiplas tentativas de acesso ao mesmo tempo, técnica batizada de negação de serviço e conhecida pelas iniciais em inglês DDoS (Distributed Denial of Service). O objetivo dessa ação é tornar o serviço indisponível.
A ação foi reivindicada pelo grupo LulzSecBrazil, que teria ligações com o LulzSec, responsável por ataques recentes a empresas de videogame como Sony e Nintendo, às redes de televisão americanas Fox e PBS e a órgãos governamentais americanos como a CIA (agência de inteligência americana) e o FBI (polícia federal), além do serviço público de saúde britânico, o NHS.
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