Um libanês naturalizado brasileiro, de 79 anos, foi preso em Curitiba na tarde de terça-feira (24) pela Polícia Federal, a pedido do Ministério Público Federal, por suspeita de trabalho escravo e abuso sexual. O suspeito foi denunciado à Justiça no dia 5 de abril por crimes que teriam sido cometidos entre 2004 e 2009, contra 14 vítimas. O pedido de prisão preventiva foi aceito e a denúncia continua a ser analisada.
A investigação do MP revelou que o libanês colocava anúncios em jornais a procura de empregradas domésticas e, desta forma, atraia mulheres até a casa dele. Depois disso, ele prendia as mulheres, retirava os documentos e objetos pessoais delas e as submetia a condições consideradas de escravidão. Grande parte delas era agredida e assediada.
Muitas das vítimas não recebiam remuneração pelos serviços domésticos e quando conseguiam sair da casa onde eram mantidas trancadas, tinham que garantir que renunciavam os direitos trabalhistas.
Segundo a Polícia Militar, o suspeito não apresentou resistência à prisão, foi encaminhado para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba e está a disposição da Justiça.
Se confirmada as suspeitas, o libanês pode ser condenado até 50 anos de prisão, se somadas as penas mínimas de cada um dos crimes.
Reincidente
De acordo com informações do Ministério Público Federal, o homem havia sido preso em 2009 a pedido do Ministério Público do Paraná que apurava denúncias de crimes semelhantes. Ele foi liberado depois de um habeas-corpus foi concedido.
Depois disso, as investigações foram encaminhadas para o MP Federal que fez este último pedido de prisão preventiva à Justiça.
O G1 entrou em contato com a empresa de advocacia que era responsável pela defesa do suspeito em 2009, e informaram que na terça (24) a família dele entrou em contato, mas os advogados ainda não foram contratados e não respondem pelo caso.
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