O jornal britânico The Independent publicou nesta segunda-feira uma longa reportagem sobre as eleições presidenciais brasileiras e classificou a candidata do PT, Dilma Rousseff , como a ex-guerrilheira que pode se tornar a mulher mais poderosa do mundo".
A reportagem lembra os anos de resistência de Dilma Rousseff contra a ditadura militar brasileira e diz que ela está muito perto de se tornar a primeira mulher a ser presidente do Brasil.
De acordo com o jornal, Dilma pode se tornar mais poderosa do que a chanceler alemã, Angela Merkel, e a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, em virtude da enorme prosperidade do Brasil e a descoberta de recentes riquezas. A taxa de crescimento do Brasil, rivalizando com a China, é algo que a Europa e EUA podem apenas invejar, diz a publicação.
O texto traça o perfil da ex-ministra da Casa Civil e lembra que, apesar da luta contra o regime militar, ela sonhava em ser bailarina ou trapezista. Assim como o presidente Jose Mujica, do Uruguai, a senhora Rousseff não se constrange com o passado de guerrilha urbana, que incluiu o combate a generais e a temporada na prisão como prisioneira política, escreve o correspondente Hugh OShaughnessy.
Segundo o jornalista, Dilma tem estado ao lado do presidente Lula "em suas principais conquistas", como a descoberta de petróleo na camada pré-sal e a redução dos índices de pobreza no país. O jornal, diz, porém, que o enorme potencial eleitoral de Dilma é respaldado pelo presidente Lula e pelo enfadonho adversário, José Serra.
A reportagem do The Independent fala sobre as denúncias que derrubaram a sucessora de Dilma na Casa Civil, a ex-ministra Erenice Guerra, mas diz que o escândalo não parece ter abalado a sua popularidade.
A reportagem conclui dizendo que Dilma deve convidar todos os líderes de esquerda da América Latina para sua posse, que será uma celebração da decência política e do feminismo.
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