Justiça faz 2ª audiência sobre morte do menino atingido por tiro da PM

Justiça faz 2ª audiência sobre morte do menino atingido por tiro da PM

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:21

A Justiça de Salvador realiza na manhã desta quinta-feira (17) a segunda audiência introdutória (instrução) sobre o assassinato do garoto Joel Conceição Castro, de 10 anos, ocorrido no bairro Nordeste de Amaralina há quase um ano. Ele estava dentro de casa quando foi atingido por tiro disparado pela polícia.

Nove PMs foram denunciados pelo Ministério Público como autores do crime, cometido no dia 22 de novembro de 2010 durante uma ação policial nas ruas do bairro.

Dezoito testemunhas de defesa e acusação devem ser ouvidas pela juíza Vera Lúcia Medauar (fase do sumário de culpa) no 2° Tribunal do Júri Sumariante, no Fórum Ruy Barbosa, nesta quinta-feira. De acordo com Silvio Santana, conhecido como Mestre Falcão, ex-professor de capoeira do garoto, dois ônibus com amigos do bairro foram acompanhar a audiência junto à família de Joel.

A primeira audiência do processo ocorreu no dia 13 de outubro e foi realizada pelo juiz Ernani Garcia. Na ocasião, foi ouvido o irmão da vítima, Jaderson Castro, de 21 anos, que socorreu Joel logo após ele ser baleado, além dos pais da criança.

Os depoimentos dos familiares são enquadrados em "termos de declaração" porque não são considerados testemunhas devido ao parentesco. Entretanto, tudo que é dito por eles no depoimento também é considerado pelo juiz, que atribui valor ao processo. Além dos familiares da vítima, o juiz ouviu oito testemunhas de acusação indicadas pelo Ministério Público. Entenda o caso

Joel morreu na madrugada do dia 22 de novembro de 2010, quando se preparava para dormir na casa onde morava, no bairro Nordeste de Amaralina, em Salvador. Ele estava próximo à janela do quarto quando a bala atravessou a estrutura de madeira e atingiu o rosto dele.

Joel ficou conhecido por participar de uma propaganda do Governo da Bahia sobre turismo no estado. O garoto aparecia jogando capoeira, esporte que o tornou conhecido na comunidade onde morava.

De acordo com o laudo do Departamento de Perícia Técnica (DPT), os disparos que atingiram o menino foram feitos por um dos soldados que há 14 anos integra a corporação. Ele e outros oito policiais que participaram da operação estão afastados das atividades nas ruas. Segundo assessoria da Polícia Militar da Bahia, eles foram transferidos para funções administrativas durante o período de investigação até o julgamento.          

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