A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, criticou nesta quinta-feira o que chamou de extrapolação do uso da máquina pública por parte do presidente Lula em favor de Dilma Rousseff (PT).
A declaração ocorre três dias depois de o presidente fazer elogios e creditar à ex-ministra da Casal Civil os méritos do projeto de construção de um trem de alta velocidade para ligar Rio e São Paulo durante evento oficial para o lançamento do edital da obra, na sede provisória do governo, em Brasília. O presidente Lula deve ser o exemplo [no cumprimento da lei]. Quanto mais amigo do rei, mais alta será a forca, disse a ex-ministra do Meio Ambiente após sabatina promovida pela Record News e o portal R7, do grupo Record ocasião em que evitou, por diversas vezes, fazer críticas diretas ao presidente.
Ao fim da sabatina, de uma hora e meia, Marina defendeu o direito de Lula de se manifestar como cidadão, desde que compreenda que ele é presidente. Muitas vezes o que ele diz, dependendo da situação e do contexto, pode caracterizar direcionamento político. Ele deve se resguardar.
Segundo Marina, o cumprimento da lei tem que ser válido tanto para quem tem máquina como para quem não tem máquina, como eu.
A Justiça Eleitoral, o Ministério Público, a sociedade civil e os próprios candidatos devem trabalhar pela legislação eleitoral. Como senadora, e tendo feito parte da lei que está aí, tenho que ser a primeira a cumprir [as normas]. Não podemos relativizar os direitos conquistados democraticamente pela sociedade. E espero que [a lei] seja cumprida tanto pelo presidente Lula como por mim, pela ministra Dilma e pelo governador Serra.
Questionada sobre por que o PV não entra com representação na Justiça sobre o suposto uso da máquina por parte do presidente, Marina disse que a medida ainda estava sendo avaliada pelo partido. No momento certo vamos nos pronunciar.
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