Seguindo a linha de não opor os governos tucano e petista durante a pré-campanha eleitoral, a presidenciável do PV, senadora Marina Silva (AC), disse na segunda-feira (17) a empresários que as privatizações realizadas pelo governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) foram corretas, embora tenha faltado transparência ao processo. Prova disso, argumentou, é que o governo Luiz Inácio Lula da Silva não as reverteu.
- As privatizações foram acertadas, tanto que não vi o presidente Lula se dispondo a revogar nenhuma delas. Mas faltou transparência, o que provocou prejuízos que a sociedade teve que pagar. Erros foram cometidos, mas o princípio estava correto.
Ela lembrou a privatização da telefonia.
- É só olhar para a história do telefone fixo. Existia fila para ter um e hoje esse problema foi debelado.
A pré-candidata defendeu, para uma plateia de cerca de 250 empresários, o que chamou de modelo de coexistência.
- Advogo um modelo misto, em que em alguns casos façamos parcerias público-privadas, em outros, concessão.
Ela não quis especificar, contudo, que setores seriam esses.
- Não é o momento de falar caso a caso.
Em seu primeiro evento após o lançamento oficial da pré-candidatura à Presidência, Marina explicou o que chamou de Estado ''eficiente'', em oposição às noções de Estado máximo e mínimo, e reafirmou a ideia de lançar uma Assembleia Constituinte para realizar reformas como a tributária.
Em seu discurso, a pré-candidata também valorizou plataformas sensíveis à classe empresarial, como a defesa da economia de mercado, da eficiência do gasto público e da responsabilidade fiscal. Mas não deixou de lado o discurso ambiental ao ser questionada sobre o ''custo Brasil''. E afirmou:
- Tratar o meio ambiente como se fosse um custo pode gerar gastos ainda maiores.
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