O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse nesta quarta-feira que o governo pretende criar um novo plano de defesa de fronteira.
Ele afirmou que atualmente há dois programas de policiamento das fronteiras: o Sentinela e o Pefron.
Segundo o ministro, a ideia inicial é unificar os dois programas em um só e aperfeiçoá-lo.
Cardozo disse que os ministérios da Justiça e da Defesa deverão atuar juntos e de forma mais intensa na fronteira do país.
O ministro, no entanto, não deu mais detalhes e informou apenas que as duas pastas discutem a questão.
Ele afirmou ainda que não houve redução da atuação da Polícia Federal nas fronteiras, mas adiantou que vem negociando mais recursos com o Ministério do Planejamento.
"As diárias [pagas a agentes] estavam aquém das nossas necessidades", declarou.
Na semana passada, a Folha revelou que o corte no orçamento da Polícia Federal para este ano afetou a fiscalização em regiões de fronteiras e as ações de combate ao narcotráfico e contrabando de armas.
A reportagem mostrou que o dia a dia das operações foi prejudicado devido à suspensão dos gastos com diárias para delegados e agentes, de acordo com relato de policiais.
PRESOS
Durante a audiência pública sobre segurança na Câmara, o ministro falou também sobre a situação dos presídios brasileiros. Segundo ele, penitenciárias de diversos Estados do país vivem uma situação de "inferno", com violações aos direitos humanos.
"Sobreviver ao sistema prisional brasileiro é quase sobrehumano", criticou.
Cardozo defendeu o monitoramento eletrônico de presos como uma boa alternativa para desafogar os presídios do país.
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