Temer participou de inauguração de nova ponte
estaiada em São Paulo (Foto: Paulo Toledo Piza/G1)
O vice-presidente da República, Michel Temer, disse nesta quarta-feira (27) que as mudanças no Ministério dos Transportes estão próximas do fim. Segundo ele, a pasta deverá retomar "o rumo normal".
"Estão se encerrando [as mudanças no Ministério dos Transportes]. A presidenta Dilma tomou as providências que entende que deveria tomar. O ministério deve retomar o rumo normal", disse Temer durante a inauguração da Ponte Estaiada Governador Orestes Quércia, em São Paulo.
A crise instalada na pasta por causa de denúncias de superfaturamento em obras já causou o afastamento de 18 funcionários, incluindo o ex-ministro Alfredo Nascimento. Ainda segundo Temer, o novo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, vai continuar a verificar possíveis irregularidades na pasta.
O ministro que assumiu tomou todas as medidas. Mas evidentemente que o ministro irá continuar a verificar o que houve de desajustamento e, se houver novos desajustamentos, é claro que irá tomar novas previdências.
A última baixa na pasta ocorreu na segunda-feira (25). O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, pediu exoneração do cargo. A demissão de Pagot foi publicada nesta quarta no "Diário Oficial da União", junto com a exoneração de Hideraldo Caron, ex-diretor de infraestrutura do Dnit.
As irregularidades foram publicadas pela revista Veja em 2 de julho. O texto relatou que representantes do PR, partido ao qual pertencem o ex-ministro e a maior parte da cúpula do ministério, funcionários da pasta e de órgãos vinculados teriam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por meio de empreiteiras.
No mesmo dia, Nascimento determinou o afastamento de funcionários da cúpula da pasta. Quatro dias depois foi a vez de o então titular da pasta pedir demissão. Nascimento não suportou as pressões por conta de suspeitas de que seu filho tenha enriquecido ilicitamente em razão do cargo de ministro. Ao assumir o posto, em 12 de julho, o novo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, afirmou que faria ajustes que envolveriam troca de pessoas e modificações em processos da pasta.
Dólar e Jobim
No evento realizado na capital paulista, Temer disse que a desvalorização do dólar é algo que traz preocupação razoável ao governo. Ele acrescentou, porém, estar seguro que logo a situação irá se normalizar. O Brasil, se houver um problema, estará preparado para enfrentar a crise.
Questionado sobre o voto do ministro da Defesa, Nelson Jobim, no candidato José Serra, na eleição de 2010, Temer disse: O Jobim é um homem muito franco. Ele disse algo que é verdade. Já havia dito à presidenta Dilma isso.
Para Temer, que é presidente licenciado do PMDB, partido de Jobim, a opção do ministro não irá abalar sua reputação. É um quadro muito valioso no PMDB e faz um trabalho excelente no Ministério da Defesa. A franqueza dele não altera sua posição no governo.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo nesta quarta-feira, Jobim afirmou que, apesar de fazer parte da cúpula do governo, votou em José Serra, candidato da oposição nas eleições presidenciais do ano passado.
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