Pai diz que diretor da UNE sumiu após protesto na USP

Pai diz que diretor da UNE sumiu após protesto na USP

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:21

Carlos Henrique discursa em evento

da UNE (Foto: Arquivo pessoal) Professor de história da Escola Estadual Guilherme de Almeida, Heitor Claudio Silva procura, desde terça-feira (8), notícias do filho Carlos Henrique Leite Silva, diretor da União Nacional de Estudantes (UNE). Segundo o professor, o filho, de 22 anos, está desaparecido desde o protesto realizado em frente à reitoria da Universidade de São Paulo (USP) . O diretor da UNE foi visto pelo pai em uma foto, em um site, por volta das 7h de terça. “Os dois celulares dele estão desligados. Os manifestantes da ocupação que foram detidos disseram que não viram meu filho por lá [no 91º DP, no Ceasa]”, diz o pai. Na noite desta terça, o professor postou uma mensagem no Facebook dizendo que registraria boletim de ocorrência do desaparecimento do filho depois de 24h sem notícia. Até o final da manhã desta quarta-feira (9), Heitor ainda não havia feito o registro. Ele aguarda o resultado de uma reunião que terá às 12h30 na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de São Paulo.

Carlos Henrique é estudante de história na USP. Ele mora no Conjunto Residencial da USP (Crusp) e, segundo o pai, chegava ao prédio quando a Polícia Militar começou a ação de reintegração de posse da reitoria da USP. “Ele não estava na ocupação no dia da reintegração, mas foi visto conversando com um policial”, afirma o pai.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, deputado estadual Adriano Diogo (PT), disse que até o fim desta manhã não tinha conseguido falar com nenhuma autoridade policial sobre o assunto. “Vou falar com o delegado-geral para tentar achar esse menino”, disse à reportagem do G1 .

A Polícia Militar informou às 12h desta quarta que não tinha informações sobre o desaparecimento do jovem.

O senador Eduardo Suplicy (PT) conversou com a secretária de Justiça de São Paulo, Eloísa Arruda, e com o secretário de Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, para solicitar informações sobre Carlos Henrique. "Pedi que tomassem providências e eles disseram que é o que estão fazendo", disse. O senador diz que a situação "sem dúvida é preocupante". "O pai está muito preocupado. Espero ter notícias mais tarde, ainda hoje", afirmou.

Nesta terça-feira, 72 pessoas - a maioria estudantes - foram presas pela Polícia Militar e indiciados por danos ao patrimônio público e descumprimento de ordem judicial durante a reintegração de posse do prédio da reitoria da USP. Eles foram soltos na madrugada desta quarta após pagamento de fiança.

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