Pai e madrasta acusados de esquartejar crianças vão a júri

Pai e madrasta acusados de esquartejar crianças vão a júri

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:06

Deverá ter início às 9h desta terça-feira (23), no fórum de Ribeirão Pires, no ABC, o julgamento do segurança João Alexandre Rodrigues, de 32 anos, suspeito de matar e esquartejar com a ajuda da mulher, Eliana Aparecida Antunes Rodrigues, de 36 anos, os dois filhos dele. O crime ocorreu no dia 5 de setembro de 2008, no mesmo município. Os pedaços dos corpos dos meninos foram espalhados nas proximidades da casa em que moravam.

Funcionários de uma empresa de coleta de lixo encontraram parte de um corpo dentro de um dos sacos de lixo que estavam no caminhão, por volta de 0h15 do dia seguinte ao do crime, 6 de setembro. De acordo com o boletim de ocorrência registrado na ocasião, eles seguiram imediatamente para a delegacia central da cidade com o veículo.   Em busca na caçamba, policiais civis e um perito encontraram outras partes parcialmente carbonizadas, misturadas a outros objetos. Por volta da 2h do dia 6, a Polícia Civil e a Guarda Civil Metropolitana foram até a casa das possíveis vítimas, mas ninguém atendeu.

Ao perceberem uma das portas abertas e o vulto de uma mulher, os policiais entraram na casa. Questionada pela polícia sobre onde estavam os meninos, a madrasta disse que eles não haviam voltado do colégio. Nos cômodos da casa, os policiais encontraram manchas de sangue e de queimado, além de um forte cheio de água sanitária.

Segundo a polícia, a mulher disse na delegacia que seu marido havia asfixiado os filhos com sacos plásticos e ateado fogo nos corpos. Ela contou aos policiais que auxiliou o marido a cortar os corpos com uma foice. E teria dito também ter colocado as partes em sacos de lixo, que foram distribuídos por várias ruas do bairro.

O homem foi preso no local onde trabalhava. A polícia fez o pedido de prisão preventiva para os dois. Em seguida, foi solicitada perícia para a casa onde eles viviam.

De acordo com informações do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) divulgadas na época do crime, o histórico do pai e da madrasta dos meninos era de rejeição e abandono. Foram registrados dois boletins de ocorrência, um em 2005, de abandono, e outro em 2007, de desaparecimento e localização das vítimas.

Em maio daquele ano, saiu uma decisão da Justiça para que eles saíssem do abrigo em que estavam. A decisão, segundo o secretário-geral do Condepe, Ariel de Castro Alves, cita que os dois "seriam desabrigados em face da não confirmação dos fatos que causaram o abrigamento" e que "os dois manipulam a realidade para contemplar seus desejos pessoais".

A família paterna disse, na época do crime, que a mãe abandonou os filhos havia cerca de seis anos para viver com outro homem.    

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