Palocci fez o que "todos já fizeram" ao deixar funções públicas, diz Sarney

Palocci fez o que "todos já fizeram" ao deixar funções públicas, diz Sarney

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:42

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), saiu em defesa do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, nesta quarta-feira (18) ao afirmar que as atividades empresariais dele não caracterizariam irregularidades. Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", Palocci ampliou seu patrimônio em 20 vezes com atividades de consultoria. Para Sarney, o ministro fez o que "todos já fizeram" quando deixaram funções públicas no governo.

"Não há problema nenhum em ter exercido essas atividades [de consultorias]. O ministro Palocci é um homem competente e não está fazendo nada mais do que os outros todos já fizeram quando deixaram funções públicas. A função pública desaparece, mas ele não deixa de ser o grande conhecedor da sua área", afirmou Sarney.

Segundo informou na edição deste domingo o jornal "Folha de S.Paulo", Palocci ampliou o patrimônio em 20 vezes entre 2006 e 2010, período em que exerceu mandato de deputado federal. De acordo com o jornal, Palocci comprou um apartamento de luxo no bairro dos Jardins, em São Paulo, por R$ 6,6 milhões, registrado em novembro de 2010 em nome da empresa de consultoria Projeto, da qual o ministro possui 99,9% do capital.

Um ano antes, segundo o jornal, Palocci comprou um escritório na cidade por R$ 882 mil. O imóvel, segundo a reportagem, também foi registrado em nome da Projeto.

Antes de virar deputado federal e de abrir a empresa de consultoria Projeto, Palocci foi ministro da Fazenda do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre janeiro de 2003 e março de 2006.

Para Sarney, essa passagem pelo Ministério da Fazenda foi o que garantiu a Palocci uma "soma de experiências" utilizada depois na iniciativa privada.

"Acho que o ministro Palocci, como tem sido corrente no Brasil com todos aqueles que têm exercido cargos públicos na área econômica, adquiriu uma soma de experiências e depois dessa soma de experiência teve uma atividade na iniciativa privada. O ministro Palocci não fez mais do que isso. É um homem extremamente competente, é um grande expositor, adquiriu grande visibilidade e é convidado para fazer palestras, conferências, participar de seminários."

A decisão do ministro-chefe da Casa Civil de não divulgar as atividades de consultoria que prestou e a lista de clientes de sua empresa, na avaliação de Sarney, é uma questão "particular" de Palocci e cabe ao ministro optar pelo sigilo de suas ações.

O presidente do Senado também afirmou que a Comissão de Ética Pública da Presidência já analisou o caso do ministro da Casa Civil e não encontrou elementos para abrir uma investigação contra Palocci.

Sobre a pressão da oposição em torno do ministro, Sarney avaliou que os líderes partidários estão cumprindo o papel de oposicionistas em "questionar" os fatos publicados na imprensa.

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