Passa de 400 número de mortos na região serrana do Rio

Passa de 400 número de mortos na região serrana do Rio

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:00

Subiu para 408 o número de mortos em decorrência das chuvas que atingem a região serrana do Estado do Rio de Janeiro, desde a tarde de terça-feira (11), de acordo com balanço divulgado pelas prefeituras e informações do Corpo de Bombeiros. Em Nova Friburgo, a prefeitura já computou 178 mortes. Em Teresópolis, 169 pessoas morreram, sendo informações da assessoria de imprensa da administração municipal. Em Sumidouro, a chefia de gabinete da prefeitura local informou que chegou a 19 o número de vítimas. Em Petrópolis, foram confirmadas 39 mortes. Em São José do Vale do Rio Preto, o Corpo de Bombeiros divulgou que três pessoas morreram.

O último boletim divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde informou que o número de desabrigados chega a 2.800 em Petrópolis, 1.280 em Teresópolis e 1.970 em Friburgo. Em Sumidouro, são cerca de 200, de acordo com a prefeitura local. Já a quantidade de desalojados chega a 3.600 em Petrópolis, 960 em Teresópolis, 3.200 em Nova Friburgo e 300 em Sumidouro.

- Esse é o maior desastre de toda a história de Teresópolis. O número de vítimas pode aumentar. Nossa maior dificuldade é a questão do acesso. Ao todo, são mil homens trabalhando - disse o chefe da Defesa Civl do município, Flávio Castro. Em Nova Friburgo, o número de mortos também já passa de 170; entre as vítimas estão três bombeiros. Em Petrópolis, as mortes ocorreram nas localidades Ponte Vermelha, Gentil, Madame Machado e Brejal, de acordo com o último boletim divulgado pela Secretaria de Saúde e Defesa Civil do Estado. As autoridades acreditam que o número de mortes na cidade pode passar de 40.

A presidente Dilma Rousseff assinou, na quarta-feira (12), a medida provisória que libera R$ 780 milhões em créditos extraordinários para os municípios afetados pelas fortes chuvas que atingiram o Rio de Janeiro, São Paulo e outras localidades.

Problemas antigos A população das localidades de Benfica e Vale do Cuiabá, em Itaipava, distrito de Petrópolis, na região serrana do Rio, está acostumada a sofrer com a força das chuvas. Quem mora próximo ao rio Santo Antônio sente mais os efeitos das cheias. No entanto, os relatos dos sobreviventes dizem que nunca a água chegou ao nível que alcançou desta vez. Nério da Costa Mesquita, de 83 anos, alugava uma casa em Benfica e perdeu tudo. Só lhe restou a roupa do corpo. - Começamos a levantar as coisas, mas não imaginamos que a água fosse subir tanto. Foi muita água. Agora tenho de esperar, sem água [para beber], sem mantimento, sem nada.

O proprietário da casa de Mesquita, Nilson Moreira de Macedo, que mora no mesmo terreno, também mantinha uma oficina na área. Ele perdeu o local onde morava e todos os objetos de trabalho. - Não afetou só minha casa, mas o local de trabalho. Moro aqui há 35 anos. Nunca vi nada assim.

Saiba como e onde fazer doações O Hemorio (Instituto Estadual de Hematologia do Rio de Janeiro) informou que precisa de cerca de 300 bolsas de sangue para enviar para a região serrana, principalmente Teresópolis e Nova Friburgo. Segundo a assessoria do instituto, as cidades atingidas pelas chuvas têm grande número de vítimas que necessitam de transfusão de sangue.

O Hemorio pede para que a população compareça ao hemocentro ou a um dos 26 postos de coleta de sangue no Estado. Segundo o instituto, janeiro é um mês em que, tradicionalmente, o número de doadores cai. Para doar sangue é preciso ter entre 18 e 65 anos, pesar mais de 50 quilos, estar bem de saúde e trazer um documento oficial de identidade, com foto. Entre a triagem e a doação, todo o processo leva cerca de uma hora.

O Hemorio fica na rua Frei Caneca, 8, no centro. O horário de funcionamento é das 7h às 18h, todos os dias, inclusive aos sábados, domingos e feriados. Para mais informações, o hemocentro oferece o 0800-282 0708 para tirar dúvidas e agendar horário para a doação.    

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