Polícia continua a investigar a morte de estudante da FGV

 A Polícia Civil continua as investigações sobre o assassinato do estudante da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Julio Cesar Grimm Bakri, de 22 anos. Todas as testemunhas que já prestaram depoimento disseram que a vítima e o amigo que ficou gravemente ferido, Christopher Akiocha Tominaga, 23, não tinham inimigos. O foco da investigação neste momento é descobrir o motivo de um crime tão violento.

Para a polícia, o crime foi encomendado. O delegado Paulo Afonso Tutii, do 4º Distrito Policial, praticamente descartou que o envolvimento com drogas tenha motivado o crime ocorrido na noite da última quarta-feira (23) em um bar da região central de São Paulo. Para a polícia, não há dúvida de que o crime foi encomendado.     “Nós não trabalhamos com essa hipótese fechada de drogas. Trabalhamos com outras hipóteses: passional, problemas de dinheiro, alguma dívida ou negócio mal feito”, declarou o delegado.

As câmeras de segurança de um prédio, na Avenida Nove de Julho, na região central da capital, gravaram a chegada dos criminosos ao bar onde os estudantes foram baleados. Imagens mostram que uma moto passa na rua. Em seguida, dois homens se aproximam de capacete, param em frente às mesas, como se estivessem procurando os alvos, e partem para o ataque.

Em uma página de relacionamentos na internet, um amigo do rapaz, que sobreviveu diz: "assim que você sair dessa, eu deixo você ganhar mais vezes na sinuca”. A mensagem indica que os estudantes gostavam de jogar, mas não se sabe se os dois apostavam dinheiro ou se era só brincadeiras de estudantes.

Na manhã desta sexta-feira (25) no Crematório da Vila Alpina, na Zona Leste, aconteceu a cerimônia de cremação do corpo do estudante. O amigo dele, que levou quatro tiros, continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital das Clínicas em estado grave. Ele está consciente e respira sem ajuda de aparelhos.