A Polícia Federal faz na manhã desta sexta-feira (22) uma ação no Rio de Janeiro de continuidade da Operação Lava Jato, que desarticulou um esquema bilionário de lavagem de dinheiro. Segundo informações do Bom Dia Brasil, o objetivo é recolher documentos de empresas vinculadas a Paulo Roberto Costa, ex-diretor de abastecimento da Petrobras preso por suspeita de envolvimento nos crimes, e aos familiares deles.
Agentes da PF cumprem, na manhã desta sexta, 11 mandados de busca e apreensão e um de coerção coercitiva – quando a pessoa não é presa, mas é obrigada a prestar depoimento. O sócio do genro de Paulo Roberto Costa será ouvido, por supostamente ter emprestado dinheiro a ele. Os recursos foram apreendidos na operação Lava Jato.
Segundo a Polícia Federal, esta é a sexta fase de diligências ostensivas da ação e medidas foram requeridas ao juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba pelos integrantes da Força Tarefa do Ministério Público Federal, em trabalho conjunto com a PF.
A operação
Deflagrada em 17 de março pela Polícia Federal (PF), a operação Lava Jato desmontou um esquema de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, segundo as autoridades policiais, movimentou cerca de R$ 10 bilhões. De acordo com a PF, as investigações identificaram um grupo brasileiro especializado no mercado clandestino de câmbio. Os suspeitos, informou a polícia, eram responsáveis pela movimentação financeira e pela lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas em diferentes crimes. Entre os delitos cometidos pelos supostos "clientes" do esquema estão tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração, contrabando de pedras preciosas e desvios de recursos públicos
A Lava Jato prendeu, entre outras pessoas, o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, suspeito de receber propina do esquema de corrupção, e o doleiro paranaense Alberto Youssef, que tem fortes ligações no meio político.
Petrobras
As investigações da Polícia Federal revelaram uma suposta ligação entre o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa com o esquema de lavagem de dinheiro comandado pelo doleiro Alberto Yousseff. Costa admitiu à polícia que recebeu um carro de luxo avaliado em R$ 250 mil do doleiro, mas alegou que o veículo foi dado em pagamento por um serviço de consultoria. Costa disse que já estava aposentado da Petrobras à época do recebimento do carro. No entanto, ele reconheceu que conhecia Youssef do período em que ainda estava na estatal brasileira. Costa foi preso em 20 de março enquanto destruia documentos que podem servir como provas no inquérito.
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