Delegado mostra materiais apreendidos na casa
de enfermeiro, em Sidrolândia (Foto:/G1 MS)
A Polícia Civil apreendeu nesta quarta-feira (29), instrumentos cirúrgicos e diversos medicamentos na residência de um enfermeiro, localizada em Sidrolândia, distante 70 quilômetros de Campo Grande. O delegado Fabiano Nagata informou ao G1 que vai investigar se o profissional está envolvido na morte da jovem de 19 anos, Marielly Barbosa Rodrigues.
A jovem ficou desaparecida por 21 dias e foi encontrada morta em um canavial em Sidrolândia, no dia 11 de junho.
Na última semana, laudos periciais indicaram que a causa da morte de Marielly teria sido um aborto malsucedido. Segundo o delegado há indícios de que o aborto possa ter sido realizado na residência do enfermeiro, mas ainda não há comprovações do fato.
Corpo de Marielly foi encontrado dia 11 de junho
(Foto: Fernando da Mata/G1 MS)
De acordo com o delegado, na residência do profissional foi apreendida uma caixa de metal com diversos materiais cirúrgicos como tesoura, espátulas e pinças, além de seringas, agulhas e uma caixa plástica branca de primeiros socorros com diversos medicamentos. A polícia não detalhou que tipo de medicamentos foram encontrados. O material está na sede da Delegacia Especializada de Homicídios (DEH), em Campo Grande, e será encaminhado para a equipe de perícia para análise. Nagata informou ainda que vai investigar se o enfermeiro possuía alguma ligação com a vítima, com parentes ou com suspeitos do caso.
Quebra-cabeças
O delegado informou que o caso da morte de Marielly está sendo tratado como prioridade na delegacia e que em menos de um mês já deve estar solucionado. O quebra-cabeças já está praticamente montado, mas faltam algumas peças que estamos perto de conseguir, afirmou o delegado.
As peças que faltam, a que Nagata se refere, vão responder quem é pai do filho que Marielly estava esperando e quem teria levado a vítima até Sidrolândia para fazer o aborto. O delegado informou que já trabalha com alguns suspeitos, mas preferiu não revelar nomes para manter em sigilo a linha de investigação. Até o momento, não há provas concretas para que sejam pedidas prisões preventivas.
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