Para a delegada Monique Vidal, da 17ª DP, ação
foi 'ousada' (Foto: Lilian Quaino/G1)
Policiais da 17ª DP (São Cristóvão) vão ouvir na manhã desta sexta-feira (26) funcionários do hotel no Centro do Rio onde estava hospedado o grupo de funcionários da Odebrecht que foi assaltado na manhã de quinta-feira (25).
A delegada Monique Vidal, titular da delegacia, disse na quinta acreditar que alguém passou informações sobre o itinerário dos veículos que levavam o grupo.
Às 5h45 de quinta-feira , uma van e um micro-ônibus que levavam 20 funcionários da empresa (entre eles, oito estangeiros) para o Aeroporto de Jacarepaguá foram interceptados na Avenida Brasil, na descida do Gasômetro, Zona Portuária, por dois carros, de onde saíram oito homens encapuzados e fortemente armados que renderam o motorista da van perguntando "onde estavam os gringos".
Monique Vidal chamou a ação do bando de "ousada e dada":
"Com certeza houve a participação de alguém dando informações porque ninguém vai adivinhar que aquela hora da manhã dois veículos com estrangeiros estariam passando por aquele local. Possivelmente o bando quis atacar o veículo dos estrangeiros achando que roubaria dólares e notebooks", disse Monique após o assalto.
Ela já solicitou imagens da CET-Rio do local e garantiu que alguém deu informações ao bando sobre o itinerário dos veículos.
A ação
Os homens que interceptaram a van renderem o motorista e perguntaram pelos "gringos". O micro-ônibus que vinha atrás não conseguiu frear e bateu na van. O grupo encapuzado então roubou alianças, carteiras e celulares e fugiu.. Um canadense e um brasileiro ficaram feridos na colisão e depois do primeiro atendimento no Hospital Municipal Souza Aguiar foram transferidos pela empresa Odebrecht para uma clínica particular da Zona Sul da cidade.
Segundo a delegada, a Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis já foi informada para ficar alerta a qualquer denúncia de carros roubados com as características dos que participaram do assalto.
Ela pediu ainda ajuda à população para que ligue para o Disque-Denúncia (2253-1177) em caso de alguma informação relevante. O anonimato é garantido.
Motorista rendido no Rio (Foto: Thamine Leta/G1)
"A polícia não tem bola de cristal. É dificil identificar oito homens de touca ninja, mas estamos trabalhando para isso", disse ela, ressaltando que o alvo era o grupo estrangeiro.
Vítimas falam sobre o assalto
Uma das vítimas que estavam no micro-ônibus contou que o desespero foi tanto que a primeira atitude foi entregar tudo que tinha. "É uma sensação que não consigo explicar. Eu fiquei tão desesperado que entreguei tudo", disse um funcionário brasileiro que está pela primeira vez no Rio.
"Pelo lado de fora da van eles perguntaram onde estavam os gringos. Eles estavam comigo na van, mas eu disse que os estrangeiros estavam no ônibus de trás. Aí eles pediram minha aliança, disseram que se eu não desse iam atirar no meu dedo. Eu entreguei, claro. Não valia nada aquela aliança. Graças a Deus estamos com vida", disse o motorista da van, Fernando Cícero.
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