Os sindicatos dos policiais civis dos estados de Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Paraíba, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo decidiram aderir a uma paralisação de 24 horas na quarta-feira (21). O ato é organizado pela Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol) e visa um nivelamento do salário dos policiais em todo o país e de melhores condições de segurança e infraestrutura para a categoria.
A Cobrapol diz, em nota divulgada na segunda-feira (19), que os policiais civis de 10 estados (Alagoas, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina e Tocantins) confirmaram a paralisação. Entretanto, o sindicato de Amazonas informou ao G1 que não irá aderir à paralisação. Já no Espírito Santo, ainda será realizada assembleia para decidir se a categoria adere ou não ao ato convocado pela Cobrapol. Minas Geraise São Paulo, que não estão citados na nota, também terão paralisação.
Alagoas
Segundo o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas, haverá adesão ao ato. No entanto, o efetivo que permanecerá em serviço e a realização de protestos serão decididos nesta terça-feira (20) em assembleia.
Bahia
De acordo com o Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia, os policiais decidiram em assebleia aderir à paralisação de 24 horas na quarta-feira caso não haja avanço nas negociações com o Governo do Estado sobre a pauta de reivindicações da categoria. 30% do efetivo permanece nos postos de trabalho, atendendo casos como prisão em flagrante, levantamento cadavérico, crimes contra a criança e a vida.
Minas Gerais
Os serviços de primeira necessidade, segundo o sindicato, serão mantidos, como a prisão por flagrante, condução de detidos e serviço de rabecão. As outras atividades serão realizadas com uma redução de 30% do atendimento. Ainda segundo o sindicato, os policiais pretendem se reunir na Região Central da cidade para uma assembleia na quarta, às 10h..
Pará
Segundo o sindicato, o movimento tem adesão de policiais rodoviários, policiais federais e militares, que irão realizar um ato na Praça Batista Campos para cobrar uma política nacional de segurança pública. Ainda de acordo com o sindicato, 30% dos serviços serão mantidos para garantir o atendimento para a população.
Paraíba
O Sindicato dos Servidores da Polícia Civil da Paraíba informou que vai ter o efetivo reduzido na quarta-feira (21) em apoio à mobilização nacional. O presidente do SSPC-PB, Erivaldo Henrique de Sousa, afirmou que as delegacias do estado permanecerão abertas, mas só vão registrar casos de flagrantes.
Rio de Janeiro
De acordo com o presidente do sindicato dos policiais civis do Estado do Rio de Janeiro, Fernando Bandeira, todos os setores do órgão vão aderir à greve, respeitando o mínimo de 30% em serviço, como previsto na lei. Em um nova assembleia na quarta-feira (21), a categoria vai decidir se a paralisação se estenderá. A incorporação das gratificações de serviço, o aumento no valor do tíquete-refeição e do vale transporte são as principais reivindicações do Sinpol.
Rondônia
Os servidores vão pedir melhores condições de trabalho, segundo o sindicato. Os serviços de primeira necessidade serão mantidos, como a prisão por flagrante e condução de detidos, e delegados não irão aderir ao ato. As outras atividades serão realizadas com uma redução de 30% do atendimento. A adesão dos servidores do interior do estado ainda não foi definida. De acordo com Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Rondônia, os policiais devem se reunir na Região Central de Porto Velho para seguir em passeata até a Praça das Três Caixas d'Água.
Santa Catarina
Santa Catarina também irá aderir à paralisação nacional, conforme o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do estado, Anderson Amorim. O apoio à mobilização nacional já foi definida em assembleias anteriores. Serão mantidos atendimentos de urgência e emergência. Para esta quarta-feira, a categoria pretende fazer um ato em prol da doação de sangue. Em Florianópolis, policiais civis, militares, rodoviários e federais devem se reunir em grupos e comparecerem ao hemocentro de Florianópols.
São Paulo
Os policiais civis do estado de São Paulo vão aderir à paralisação nacional da categoria. O Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo informou que casos urgentes serão atendidos. "Vamos atender casos de roubo, de assalto a banco, de sequestro. O que não vamos atender são casos menos urgentes, como perda de documento", diz João Batista Rebouças, presidente do Sipesp.
Amazonas
O Sindicato dos Policiais Civis informou nesta terça que os policiais do estado não irão aderir à paralisação. Na segunda, o presidente do sindicato, Moacir Maia, disse ao G1 que não foi comunicado oficialmente pela Confederação Nacional sobre a paralisação. Para aderir ao movimento, precisaria ter convocado uma assembleia geral. Segundo Maia, em solidariedade ao movimento nacional, podem pensar em fazer uma manifestação em praça pública, mas sem afetar os serviços.
Espírito Santo
Segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Espírito Santo, haverá uma assembleia na manhã de quarta para decidir sobre a adesão, na chefatura de polícia. Está previsto um protesto em Vitória.
Tocantins
Segundo o Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins, não haverá paralisação local, mas 5 delegados serão enviados a Brasília para apoiar a mobilização nacional.
Distrito Federal
O Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal informou que uma assembleia está agendada para esta terça para decidir sobre a paralisação. O sindicato tambpem irá participar na quarta de uma marcha do Museu Nacional até a Praça dos Três Poderes, em Brasília, "pela melhoria da segurança pública no país".
Goiás
O sindicato informou ao G1 que fará uma reunião na quarta para decidir sobre eventuais protestos e paralisação.
Acre, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe
Sindicatos programaram para esta terça-feira assembleias para decidir se aderem ou não à paralisação.
Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Paraná
Sindicatos informaram que não irão aderir à paralisação.
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