Policial se entrega e sobe para 14 o n°de presos na Operação Faraó

Policial se entrega e sobe para 14 o n°de presos na Operação Faraó

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 9:21

Após 13 suspeitos serem presos durante uma operação para desarticular um esquema de corrupção em carceragens da Polinter no estado do Rio, que aconteceu na terça (8), um policial se entregou à Corregedoria Geral Unificada (CGU) na manhã desta quarta-feira (9) e também foi preso. Entre os crimes investigados na Operação Faraó está a cobrança de propina para visitas e transferência de presos.

Após as investigações, a Justiça decretou a prisão preventiva de 16 pessoas, sendo nove policiais civis. Todos, segundo a polícia, são integrantes de uma quadrilha que atuava na Polinter de Nova Friburgo, na Região Serrana, que foi desativada há dois meses.

O grupo é acusado de diversos crimes, entre eles o de quadrilha armada, concussão, prevaricação, usurpação de função pública e facilitação de acesso a aparelho telefônico a presos da carceragem da Polinter . De acordo com o MP-RJ, entre os denunciados estão quatro presos suspeitos de arrecadar dinheiro de outros detentos e familiares, além de cuidar do cotidiano administrativo da unidade prisional.

A investigação teve por base prova testemunhal e conversas telefônicas captadas com autorização da Justiça, que flagraram diálogos entre os integrantes da quadrilha, descrevendo as práticas criminosas em curso até outubro deste ano.

Cobrança de taxas

Entre os 14 presos, há um delegado do Núcleo de Controle de Presos (Nucop). Alguns suspeitos de atuar na quadrilha já estão presos por outros crimes.

Na terça-feira (8), o promotor Décio Alonso Gomes, falou que o grupo cobrava R$ 10 por hora de visita a um preso e de R$ 1.500 a R$ 3 mil em relação às transferências. As investigações começaram há oito meses, a partir de denúncias de parentes de presos.

O promotor disse ainda que os presos saíam da carceragem para várias atividades. Um dos presos na manhã de terça chegou a sair da Polinter de Friburgo para fazer um assalto do tipo saidinha de banco no Leblon, na Zona Sul do Rio.

"Não é à toa que, numa gravação de agosto passado, um dos presos da operação dizia que a Polinter de Nova Friburgo era um spa", disse o promotor. Segundo ele, preso saía da cargeragem para comer bolinhos de bacalhau e beber chope.        

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