Agência Brasil
Os dois suspeitos, presos na quinta-feira (22), planejavam um atentado contra estudantes da Universidade de Brasília
Os dois jovens presos quinta-feira (22), por publicar mensagens com conteúdo discriminatório em um site na internet, prestaram depoimento nesta sexta-feira na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba.
“O que eles disseram corre em segredo de Justiça, e as investigações continuam para verificar se há outros envolvidos nessa rede criminosa”, disse o agente federal Marcos Korem, que acompanhou o depoimento de Eduardo Rodrigues, de 32 anos, que mora em Curitiba, e de Marcelo Mello, de 29 anos, residente em Brasília. Eles foram presos em um hotel no centro da capital paranaense, acusados de divulgar mensagens de apologia a crimes de violência contra mulheres, negros, homossexuais, nordestinos e judeus, além de incentivo à pedofilia.
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Segundo o agente Korem, o relatório sobre o caso será feito pelo delegado Flúvio Cardinelli, do Núcleo de Repressão aos Crimes Cibernéticos, e encaminhado ao Ministério Público Federal, que decidirá se oferece denúncia criminal contra os dois rapazes. Enquanto isso, eles permanecem presos na sede da Polícia Federal, em Curitiba.
Eduardo e Marcelo podem responder pelos crimes de incitação e indução à discriminação ou preconceito de raça, por meio de recursos de comunicação social, incitação à prática de crime e publicação de fotografia com cena pornográfica envolvendo criança ou adolescente.
Uma das recentes publicações do site é dirigida a estudantes de ciências sociais da Universidade de Brasília (UnB). Naquele que afirma ser seu último registro, o autor da mensagem diz que não é louco, que age por vingança contra os que lutam pelos direitos humanos de marginais e homossexuais e garante que não vai se suicidar. O Conselho Disciplinar Permanente da UnB acompanha o caso e já abriu processo, que tramita de forma sigilosa.
A página em que foram postadas as mensagens de conteúdo discriminatório ainda está na internet, hospedada em um provedor na Malásia. A Polícia Federal informou que já pediu ao governo malaio a desativação da página. Segundo o agente Koren, isso deve ser feito nos próximos dias.
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