PT resiste em ampliar cota de mulheres

A eleição da primeira mulher presidente não foi suficiente para garantir o acesso feminino às instâncias de liderança no PT, informa reportagem de   Johanna Nublat ,   Maria Clara Cabral   e   Catia Seabra , publicada na   Folha deste sábado (íntegra   disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a   Folha ).

Uma proposta fechada pela comissão encabeçada por Ricardo Berzoini propõe ampliar a cota atual para mulheres em cargos de direção da sigla, dos atuais 30% para 40% nas próximas eleições internas, e 50% em 2016 ou 2017.

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Hoje, porém, a cota mínima não é preenchida nem na delegação que vai discutir a questão. "Seremos 22%", diz Cristina Dorigo, secretária de mulheres da sigla no Rio.

CONGRESSO

A abertura do congresso aconteceu na noite de sexta-feira (2). A cerimônia contou com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff. No entanto, os militantes   aplaudiram mais   o ex-ministro José Dirceu, réu no processo do mensalão.

Os militantes que lotaram o auditório do evento cantaram, em coro, um mote de antigas campanhas petistas: "Dirceu guerreiro / Do povo brasileiro".

No discurso inaugural, o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Artur Henrique, propôs um ato de desagravo a Dirceu, como a   Folha   antecipou   na quinta-feira (1º). O sindicalista defendeu uma "moção de repúdio pelo crime cometido por uma famosa revista brasileira contra o companheiro José Dirceu e contra a livre imprensa neste país".

Tanto o   presidente nacional   do PT, Rui Falcão quanto Lula --presidente de honra do partido-- criticaram a mídia em seus discursos.

O 4º Congresso Nacional do PT vai até domingo (4). Entre outras questões, o partido debaterá medidas mais ousadas para a redução da taxa de juros no país. Um documento   elaborado pela cúpula petista   foi apresentado à Executiva Nacional do PT como proposta de resolução para o congresso.