São Paulo tem mais de 1/4 dos relógios de rua com problemas

São Paulo tem mais de 1/4 dos relógios de rua com problemas

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:58

Mais de 1/4 dos relógios e termômetros espalhados por São Paulo não estão funcionando. O problema do mobiliário urbano persiste desde o ano passado.

Segundo a  Prefeitura de São Paulo, 84 dos 318 aparelhos estão com algum tipo de problema. E não há previsão de conserto das unidades defeituosas. Isso porque, segundo a administração municipal, as peças dos relógios são antigas e difíceis de serem encontradas.

“Como esses relógios são antigos, de tecnologia obsoleta, e não possuem peças para reposição no mercado muitas vezes a recuperação de uma unidade leva bastante tempo”, diz nota da Prefeitura, que afirma que cada aparelho possui um problema específico, diferente do outro.

Nesta sexta, o G1 encontrou mais de 15 relógios desligados na Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, na Avenida Paulista, na Avenida Brigadeiro Faria Lima e na Avenida Rebouças. Na Paulista, o relógio em frente ao Conjunto Nacional está apagado. Uma unidade próxima ao Museu de Arte de São Paulo (Masp) também está com defeito.

Empresa responsável

Desde agosto de 2010, a empresa Buldogue Mídia Exterior é a responsável por realizar a manutenção e o conserto dos relógios. O contrato vai até 24 de agosto de 2011. A empresa faz uma vistoria mensal de todos os aparelhos da cidade, verificando as reclamações feitas pelos cidadãos por meio do portal da Prefeitura.

Apesar disso, muitos relógios na cidade continuam desligados ou apresentando dados errados.

Fabrício Guimarães, diretor da Buldogue, diz que os relógios desligados estão assim por falta de energia elétrica. "A gente está na dependência do restabelecimento." Para a Prefeitura e para a Eletropaulo, a justificativa não procede, já que nas regiões em que a maioria deles se encontra não há problemas de luz.

Guimarães afirma que os termômetros que apresentam dados errados foram atingidos por raios durante as tempestades que afetam São Paulo e ainda não foram regulados.

Ele diz ainda que a Buldogue tem as peças de reposição em estoque, diferentemente do informado pela Prefeitura, e que possui também relógios mais novos, que poderão eventualmente substituir os mais antigos.

Projeto de lei

De acordo com a Prefeitura, o problema só deve ser resolvido quando a Câmara Municipal aprovar o projeto de lei do mobiliário urbano, que prevê a concessão dos relógios eletrônicos a empresas ou consórcio de empresas mediante licitação.

O projeto prevê a possibilidade de instalação de até mil relógios eletrônicos digitais, 14 mil totens indicativos de parada de ônibus sem câmeras de monitoramento e painéis eletrônicos, além de abrigos dotados desses equipamentos. O prazo das concessões será de 30 anos e a remuneração dos concessionários será feita exclusivamente pela exploração de anúncios nos painéis de publicidade instalados.

O projeto, porém, está em tramitação na Câmara Municipal desde outubro de 2010. Ainda não houve acordo para aprová-lo.

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