SP quer liberar mais prédios na Avenida Brigadeiro Faria Lima

Segundo  projeto, 452 mil m² poderão ser adquiridos por incorporadoras na

região da Avenida Brigadeiro Faria Lima, na Zona Oeste de São Paulo

(Foto: Evelson de Freitas/Agência Estado)

  A Prefeitura de São Paulo pretende colocar no mercado R$ 2 bilhões em títulos que vão permitir a construção de prédios acima da lei de zoneamento na região da Avenida Brigadeiro Faria Lima, na Zona Oeste da capital paulista. Pelo projeto enviado à Câmara Municipal nesta quarta-feira (31), 452 mil m² poderão ser adquiridos por incorporadoras que quiserem construir novos empreendimentos em uma das regiões mais cobiçadas pelo mercado imobiliário.

Se aprovada, a proposta do prefeito Gilberto Kassab vai alterar a Operação Urbana Faria Lima, de 1995, e descongelar os "estoques" (áreas disponíveis) para novos condomínios comerciais e residenciais em bairros já saturados, como Pinheiros e Itaim-Bibi, principalmente na Avenida Hélio Pellegrino e no entorno do Largo da Batata. No total, o prefeito quer vender mais 500 mil Certificados de Potencial Construtivo (Cepacs), quase o mesmo número que já foi negociado nos últimos dez anos na região.

No último leilão da operação, em 25 de maio de 2010, cada Cepac foi comercializado por R$ 4 mil, valor considerado até baixo nos dias de hoje, pela demanda do mercado - ou seja, com a venda, a Prefeitura lucraria no mínimo R$ 2 bilhões e as construtoras poderiam usá-los para construir prédios mais altos em terrenos menores.

"É que sobraram metros quadrados na região, mas não temos mais Cepacs para vender. O que for arrecadado agora será investido em melhorias dentro do próprio perímetro da operação", argumentou o secretário municipal de Planejamento, Rubens Chammas, que espera fazer o leilão dos novos Cepacs até o fim do ano. "Não estamos criando metros a mais, apenas estamos criando mais Cepacs para vender o que já existe."