Lucas Rosseti, de 21 anos, apontado pela Polícia Civil como suspeito de ter matado o analista de sistemas Eugênio Bozola, de 52 anos, e o modelo Murilo Rezende, 21 anos, em um apartamento na Rua Oscar Freire, nos Jardins, em São Paulo, declarou ao seu advogado que esfaqueou apenas o dono do imóvel e que fez isso para se defender. Segundo Ademar Gomes, que defende Rosseti, seu cliente ainda lhe contou por telefone que foi Bozola quem matou Murilo entre os dias 22 e 23 de agosto e não ele como a investigação vem apontando. Rosseti foi preso em Sertãozinho, no interior paulista, nesta segunda-feira (29).
Falei com o Lucas após a prisão dele em Sertãozinho. Pelo que ele me contou entendi que ele matou o analista para se defender porque o Eugênio havia matado o modelo e depois queria matar o Lucas também. O que levou o analista a fazer isso não me foi dito, disse o advogado Ademar Gomes nesta terça-feira ao G1 . Ele ficará responsável pela defesa de Rosseti na capital paulista. Outros advogados cuidam dos direitos do suspeito no interior do estado, onde ele está detido.
Como a cadeia de Sertãozinho está desativada, Rosseti dormiu numa unidade prisional em Jabotical. Nesta manhã, ele deve retornar para a delegacia de Sertãozinho de onde seguirá para a sede do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), em São Paulo. Lá, será ouvido novamente pela polícia.
Em Sertãozinho, ele teria se negado a responder às perguntas feitas pela autoridade policial local. Apesar disso, falou para os jornalistas que estavam na delegacia que só havia matado o analista para se defender, sem dar detalhes do que ocorreu.
Matei o Eugênio, o Murilo eu não matei, afirmou Rosseti à imprensa na terça. Legítima defesa, respondeu o suspeito ao ser indagado porque havia esfaqueado Bozola.
Ele fala que quem matou o Murilo teria sido o Eugênio, disse o delegado Targino Osório, de Sertãozinho. Os irmãos Frederico e Leonardo Resende Borges são os advogados responsáveis por acompanhar Rosseti na cidade.
Procurado, o advogado Frederico Borges afirmou que seu cliente se reservou ao direito constitucional de se manter em silêncio quando indagado pela polícia na cidade do interior de São Paulo. O que posso dizer é que vamos acompanhar a saída dele de Sertãozinho até a capital. Depois disso, o caso deverá ficar a cargo do advogado Ademar Gomes.
O caso
Na manhã do dia 23 de agosto, a empregada de Bozola encontrou as vítimas dentro do apartamento dele, nos Jardins. De acordo com a investigação, o analista e o modelo foram achados com perfurações. Duas facas foram apreendidas pela perícia da Polícia Técnico-Científica para análise.
Segundo a polícia, Rosetti era hóspede de Bozola no imóvel nos Jardins. Ele havia conhecido o analista em Igarapava, no interior de São Paulo, cidade onde a vítima havia nascido. Depois, segundo a polícia, ele pediu para ficar morando provisoriamente por uma semana no apartamento da vítima na capital paulista. Para a investigação, o motivo do crime foi uma desavença entre eles envolvendo justamente o tempo de permanência do hóspede no imóvel.
Ainda de acordo com a polícia, após matar o analista e o modelo, Rosseti levou o veículo de Bozola, um Honda Civic. O carro foi encontrado na madrugada deste domingo (28) em Sertãozinho.
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