Suspeito de mortes na Rua Oscar Freire diz que analista matou modelo

Suspeito de mortes na Rua Oscar Freire diz que analista matou modelo

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:29

Lucas Rosseti, de 21 anos, apontado pela Polícia Civil como suspeito de ter matado o analista de sistemas Eugênio Bozola, de 52 anos, e o modelo Murilo Rezende, 21 anos, em um apartamento na Rua Oscar Freire, nos Jardins, em São Paulo, declarou ao seu advogado que esfaqueou apenas o dono do imóvel e que fez isso para se defender. Segundo Ademar Gomes, que defende Rosseti, seu cliente ainda lhe contou por telefone que foi Bozola quem matou Murilo entre os dias 22 e 23 de agosto e não ele como a investigação vem apontando. Rosseti foi preso em Sertãozinho, no interior paulista, nesta segunda-feira (29).

“Falei com o Lucas após a prisão dele em Sertãozinho. Pelo que ele me contou entendi que ele matou o analista para se defender porque o Eugênio havia matado o modelo e depois queria matar o Lucas também. O que levou o analista a fazer isso não me foi dito”, disse o advogado Ademar Gomes nesta terça-feira ao G1 . Ele ficará responsável pela defesa de Rosseti na capital paulista. Outros advogados cuidam dos direitos do suspeito no interior do estado, onde ele está detido.

  Como a cadeia de Sertãozinho está desativada, Rosseti dormiu numa unidade prisional em Jabotical. Nesta manhã, ele deve retornar para a delegacia de Sertãozinho de onde seguirá para a sede do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), em São Paulo. Lá, será ouvido novamente pela polícia.

Em Sertãozinho, ele teria se negado a responder às perguntas feitas pela autoridade policial local. Apesar disso, falou para os jornalistas que estavam na delegacia que só havia matado o analista para se defender, sem dar detalhes do que ocorreu.

“Matei o Eugênio, o Murilo eu não matei”, afirmou Rosseti à imprensa na terça. “Legítima defesa”, respondeu o suspeito ao ser indagado porque havia esfaqueado Bozola.

“Ele fala que quem matou o Murilo teria sido o Eugênio”, disse o delegado Targino Osório, de Sertãozinho. Os irmãos Frederico e Leonardo Resende Borges são os advogados responsáveis por acompanhar Rosseti na cidade.

Procurado, o advogado Frederico Borges afirmou que seu cliente se reservou ao direito constitucional de se manter em silêncio quando indagado pela polícia na cidade do interior de São Paulo. “O que posso dizer é que vamos acompanhar a saída dele de Sertãozinho até a capital. Depois disso, o caso deverá ficar a cargo do advogado Ademar Gomes”.

O caso

Na manhã do dia 23 de agosto, a empregada de Bozola encontrou as vítimas dentro do apartamento dele, nos Jardins. De acordo com a investigação, o analista e o modelo foram achados com perfurações. Duas facas foram apreendidas pela perícia da Polícia Técnico-Científica para análise.

Segundo a polícia, Rosetti era hóspede de Bozola no imóvel nos Jardins. Ele havia conhecido o analista em Igarapava, no interior de São Paulo, cidade onde a vítima havia nascido. Depois, segundo a polícia, ele pediu para ficar morando provisoriamente por uma semana no apartamento da vítima na capital paulista. Para a investigação, o motivo do crime foi uma desavença entre eles envolvendo justamente o tempo de permanência do hóspede no imóvel.

Ainda de acordo com a polícia, após matar o analista e o modelo, Rosseti levou o veículo de Bozola, um Honda Civic. O carro foi encontrado na madrugada deste domingo (28) em Sertãozinho.            

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