Universitário africano é espancado até a morte por PMs em MT

Universitário africano é espancado até a morte por PMs em MT

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:26

Um estudante africano que cursava economia na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) morreu após ser espancado na noite desta quinta-feira (22) em uma pizzaria localizada no bairro Boa Esperança, em Cuiabá. Segundo a Polícia Civil, dois policiais militares, ambos de 24 anos, e mais um empresário que é filho de um delegado aposentado, de 27 anos, são suspeitos de espancar o universitário até a morte.

Ao G1 , a Polícia Civil informou que a vítima identificada como Toni Bernardo da Silva chegou ao estabelecimento por volta das 23h desta quinta-feira. No local, ele começou a pedir dinheiro aos frequentadores da pizzaria. Em uma das mesas, o universitário esbarrou em uma mulher. O namorado dela, o empresário de 27 anos, e os dois PMs que estavam à paisana no local, retiraram à força o universitário do estabelecimento e começaram a agredi-lo com socos e pontapés.

Uma moradora que reside ao lado do estabelecimento tentou apartar a briga, mas não conseguiu. Não houve tempo para ninguém prestar socorro à vítima, que acabou morrendo no local.

Os suspeitos foram autuados em flagrante e vão responder na Justiça pelo crime de homicídio. Na manhã desta sexta-feira (23) eles prestaram depoimento na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na presença do representante da Corregedoria da Polícia Militar. Em depoimento, eles disseram que apenas imobilizaram o rapaz.

O corpo da vítima  está no Instituto Médico Legal (IML) e passa por exames periciais. Segundo o órgão, o laudo inicial do corpo do estudante aponta que ele foi morto por asfixia devido a uma lesão na traqueia. O corpo do estudante ainda será submetido a exames toxicológicos e de alcoolemia, já que há a suspeita de que ele estaria embriagado.

A Assessoria de Relações Internacionais da UFMT ainda vai se manifestar sobre o ocorrido. O estudante é natural de Guiné-Bissau, país localizado na costa ocidental da África, mas residia em Cuiabá há sete anos. Ele e mais um grupo de guinenses estavam fazendo intercâmbio em Cuiabá para estudar na UFMT. A Polícia Militar informou que vai investigar administrativamente a conduta dos dois policiais militares suspeitos de envolvimento no assassinato.        

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições