Na sexta-feira (4), o governo chinês rejeitou um relatório norte-americano sobre espionagem on-line, o classificando como irresponsável, e rejeitou a acusação de que a China aproveita a espionagem cibernética para roubar segredos comerciais e tecnológicos norte-americanos.
Hong Lei, porta-voz do Ministério do Exterior chinês, rejeitou o relatório e reafirmou a posição que Pequim adota há muito tempo, declarando que a China deseja ajudar. Os ataques on-line são notórios porque atravessam facilmente as fronteiras nacionais e são anônimos. Identificar os atacantes sem executar uma investigação detalhada, e fazer inferências a respeito deles, é irresponsável e pouco profissional, disse Hong para repórteres. Minha esperança é que a comunidade internacional consiga abandonar os preconceitos e trabalhe em estreito contato com a China a fim de manter a segurança on-line, acrescentou. O relatório dos serviços de inteligência dos EUA alegou na quinta-feira (3) que a China e a Rússia estão utilizando a espionagem cibernética para impulsionar o desenvolvimento de suas economias, o que representa uma ameaça para a segurança dos EUA. O texto, preparado para o Congresso, alega que existem tantas informações valiosas disponíveis em redes de computadores que invasores estrangeiros podem obter grandes quantidades de dados sem risco de detecção.
O relatório norte-americano reconhece a dificuldade de determinar quem exatamente é responsável por ataques cibernéticos. Companhias norte-americanas registraram invasões originadas da China em suas redes de computadores, mas as agências de inteligência norte-americanas não são capazes de confirmar quem são os responsáveis específicos pelos ataques.
Agentes norte-americanos de inteligência dizem que tentar adquirir tecnologia sigilosa é parte da política nacional de promoção do desenvolvimento na China e Rússia. O Departamento de Estado norte-americano anunciou em junho ter pedido que Pequim investigasse as alegações do Google quanto a um grande ataque de hackers que a empresa diz ter se originado na China.
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