O Google espionou ilegalmente os internautas que navegavam na rede usando Safari, o navegador da Apple, disse o jornal “The Wall Street Journal” (acesse aqui). O periódico acrescentou que a empresa americana já deixou de espionar os usuários.
O Google e outras empresas de publicidade utilizaram códigos de programação especiais escondidos nos comandos do Safari para vigiar e registrar o comportamento de navegação de milhões de usuários do navegador, segundo o jornal.
Conforme o “Wall Street Journal”, o Google conseguiu rastrear os usuários do Safari mesmo quando o navegador estava configurado para bloquear esse tipo de ação. Após ser contatado pela publicação, o Google desativou a função, acrescentou o artigo publicado na quinta-feira (16).
Procurado pelo G1, o Google afirmou que o "jornal interpretou erroneamente o que aconteceu" e que usa funções do Safari para usar serviços que seus usuários já permitiram anteriormente. Leia a íntegra da explicação da companhia:
"O jornal interpretou erroneamente o que aconteceu. Nós usamos funcionalidades conhecidas do Safari para prover serviços que usuários do Google previamente logados em suas contas habilitaram. É importante frisar que esses cookies de publicidade não coletaram informações pessoais.
Diferentemente de outros navegadores, o Safari bloqueia cookies de terceiros por padrão. Entretanto, o Safari habilita muitos recursos da web que se apoiam em cookies de terceiros, como o botão "Curtir". No último ano, nós começamos a usar essa funcionalidade do browser para possibilitar que usuários do Google logados em suas contas pudessem ver os anúncios personalizados que selecionaram e outros conteúdos - como a possibilidade de dar um "+1" em coisas que lhes interessam.
Para habilitar esses serviços, nós criamos uma comunicação temporária entre o Safari e os servidores do Google para que nós pudéssemos encontrar os usuários de Safari que estavam logados ao Google e tivessem optado por esse tipo de personalização. Mas nós criamos esse link de modo que a informação que seguisse do navegador Safari até os servidores do Google fossem anônimas - efetivamente criando uma barreira entre as informações pessoais e o conteúdo navegado pela rede.
Entretanto, o Safari contém uma funcionalidade que então habilitou outros cookies de publicidade do Google dentro do próprio navegador. Nós não antevimos que isso poderia acontecer, e agora começamos a remover esses cookies de publicidade do Safari. É importante frisar que, assim como em qualquer outro navegador, esses cookies de publicidade não coletam informações pessoais.
Usuários de Internet Explorer, Firefox e Chrome não foram afetados. Nem usuários de qualquer outro navegador (incluindo o Safari) que optaram por não usar nosso programa de publicidade dirigida usando o Gerenciador de Preferência de Anúncios do Google."
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